Hoje na Economia – 15/09/2020
Mercados financeiros seguem otimistas na terça-feira, com alta em quase todos os mercados acionários.
Na Ásia, as bolsas fecharam em sua maioria em alta, com o índice MSCI Asia Pacific subindo 0,1%. A exceção foi o índice Nikkei225 de Tóquio, que teve recuo de -0,44%. Por outro lado, houve altas de 0,51% na bolsa de Xangai e 0,38% no índice Hang Seng de Hong Kong. Dados sobre atividade econômica chinesa vieram melhor que o esperado: a produção industrial acelerou seu crescimento de 4,8% A/A em julho para 5,6% A/A em agosto (contra mediana de projeções de 5,1% A/A), as vendas no varejo passaram de -1,1% A/A em julho para +0,5% A/A em agosto, primeiro dado positivo do ano (e acima da mediana de projeções, de 0,0% A/A). Os investimentos em ativos fixos ficaram em -0,3% YTD (contra expectativa de -0,4%) e em ativos imobiliários em 4,6% A/A (contra expectativa de 4,1%). O yuan se valoriza após esses dados positivos, +0,50% contra o dólar, cotado a 6,7768. O iene também se valoriza, mas menos, +0,07%, cotado a ¥/US$ 105,66.
Na Europa as bolsas iniciam o dia em alta. Há avanços de 0,68% no índice pan-europeu STOXX600, 0,88% no FTSE100 de Londres, 0,42% no CAC40 de Paris e 0,32% no DAX de Frankfurt. O euro está se valorizando diante do dólar, +0,12%, cotado a US$/€ 1,1881. O índice ZEW de expectativas subiu mais que o esperado na Alemanha (de 71,5 para 77,4, contra mediana de projeções de 69,5) e na Zona do Euro (de 64,0 para 73,9, maior nível desde dez/03). No Reino Unido, a taxa de desemprego de julho ficou em 4,1%, como era esperado, subindo 0,2 pp em relação ao mês anterior.
Nos EUA os índices futuros abrem em alta hoje, seguindo no rally dos últimos dias. Há avanços de 0,86% no NASDAQ, 0,59% no Dow Jones e 0,63% no S&P500. O dólar está perdendo valor diante de outras moedas, com recuo de -0,14% no índice DXY. Os juros futuros estão em leve alta, com o yield da Treasury de 10 anos subindo de 0,674% a.a. ontem para 0,680% a.a. hoje. Diversos dados econômicos serão divulgados hoje, com destaque para a produção industrial de agosto (que deve ter desacelerado seu crescimento de 3,0% M/M para 1,0% M/M) e o índice Empire Manufacturing de atividade do Fed de Nova York, que deve ter subido de 3,7 em agosto para 6,8 em setembro.
Os preços de commodities sobem em sua maioria, após os dados positivos na China. O índice geral da Bloomberg avança 0,21%, com alta em especial no preço de petróleo. O barril tipo WTI está sendo negociado a US$ 37,84, um ganho de 1,56%.
No Brasil não é esperada a divulgação de nenhum dado econômico hoje. O mercado deve operar aguardando o resultado da reunião do Copom amanhã, que deve ser de estabilidade na taxa básica de juros. No noticiário político, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, mostrou apoio ao congelamento nominal do salário mínimo e dos benefícios previdenciários por 2 anos, o que poderia dar espaço para a criação do programa Renda Brasil dentro do teto de gastos. O ambiente global e esse avanço no cenário político e fiscal devem fazer os preços de ativos brasileiros subirem hoje. O real deve se valorizar diante do dólar, o Ibovespa deve subir e os juros futuros devem cair.