Hoje na Economia – 21/09/2020
O temor de que novas ondas de infecções por coronavírus em várias partes no mundo, obrigando a imposição de novas medidas rígidas de quarentena, alimenta a aversão ao risco nesta segunda-feira. A França bateu recorde em novos casos e o Reino Unido teve a maior alta desde maio, enquanto os EUA registram o maior número de casos em duas semanas. Ademais, a suspeita de operações ilícitas envolvendo dois grandes bancos britânicos ajuda a empurrar os investidores para a defensiva, nesta manhã.
Na Ásia, os mercados acionários fecharam com perdas generalizadas, nesta segunda-feira. O índice MSCI Asia Pacific perdeu 0,4% no pregão de hoje, O índice Hang Seng foi destaque nas quedas da região, fechando o dia com queda de 2,06%, após relatos sobre atividades ilícitas derrubarem as ações dos bancos britânicos HSBC e Standard Chartered em Hong Kong. Na China, o índice Xangai Composto caiu 0,63%. O banco central chinês (PBoC) decidiu manter os juros de referência inalterados pelo quinto mês consecutivo. A chamada LPR de um ano permaneceu em 3,85% e a LPR para empréstimos de cinco anos ficou em 4,65%. Na Coreia do Sul, o índice Kospi teve baixa de 0,95% em Seul; enquanto o Taiex caiu 0,63% em Taiwan. No Japão, mercados permaneceram fechados devido a feriado local. O ambiente de maior aversão ao risco favoreceu a moeda japonesa que se valoriza 0,45% ante ao dólar, nesta manhã, que é negociado a 104,10 ienes.
Na Europa, as bolsas abriram em baixa significativa, com aversão ao risco decorrente do avanço da pandemia de coronavírus sendo exacerbada por suspeitas de operações ilícitas envolvendo os bancos britânicos HSBC e Standard Chartered, que lideram as perdas na bolsa de Londres, no momento. O índice pan-europeu de ações registra queda de -2,49%; em Londres, o FTSE100 recua -3,17%; o CAC40 perde -2,64% em Paris; em Frankfurt, o DAX se desvaloriza -2,66%. O euro é negociado a US$ 1,1797, se desvalorizando -0,36% ante a divisa americana.
No mercado americano, o dia não promete ser favorável aos mercados de ações. Além da aversão ao risco presente no mercado nesta segunda-feira, os investidores continuam atentos às discussões no Congresso sobre novo suporte fiscal à economia, bem como esperam algum sinal do Fed nos depoimentos que Jerome Powell, presidente do Fed, fará no Congresso nesta semana. Nesta manhã, os índices futuros das bolsas de Nova York operam em baixa significativa. O futuro do Dow Jones perde -1,62%, nesta manhã; o S&P 500 recua -1,56%; Nasdaq tem perda de -1,17%. O juro pago pelo T-Note de 10 anos encontra-se em 0,66%, perdendo dois pontos base, no momento. O dólar se fortalece frente às principais moedas, favorecido pelo ambiente de maior aversão ao risco. O índice DXY situa-se em 93,25 pontos, subindo 0,35%, nesta manhã.
No mercado futuro de petróleo, relatos de que a Líbia poderá restaurar, em breve, parte de sua oferta ao mercado ajuda a derrubar as cotações da commodity, neste dia de maior aversão ao risco. O contrato futuro do petróleo tipo WTI, para novembro, é negociado a US$ 40,07/barril, com queda de 2,53%, no momento.
No Brasil, a Bovespa deve abrir em baixa, refletindo o mau humor prevalecente nas bolsas internacionais nesta manhã, enquanto no mercado de DIs deve prevalecer a cautela com as pressões inflacionárias no curto prazo e pela continuidade com as preocupações fiscais. O dólar deve abrir pressionado, acompanhando o ambiente de maior aversão ao risco que prevalece nesta manhã, devendo levar a cotação para cima de R$ 5,30/US$.