Hoje na Economia – 25/09/2020
As principais bolsas internacionais operam sem direcional claro, nesta manhã de sexta-feira. Prevalece a percepção de que os contágios decorrentes do Covid-19 e as medidas de restrição à mobilidade social para controlar a doença não terminarão tão cedo. Monitora-se também a possibilidade de novos estímulos fiscais nos EUA. O risco de forte desaceleração da economia aumentou na ausência de um novo pacote fiscal.
Os deputados democratas estão trabalhando numa proposta de estímulo no montante de US$ 2,4 trilhões. Acreditam que possa ser negociada com chances de ser aceita pelos republicanos, mas que deve encontrar maior resistência junto ao Senado dominado pelos republicanos. Os analistas estão céticos quanto à possibilidade de os políticos americanos conseguirem chegar a um acordo sobre esse assunto ainda este ano. Nesta manhã, os índices futuros das bolsas de Nova York operam em alta moderada, sugerindo que o mercado acionário americano deverá estender os ganhos apurados no pregão de ontem, evitando a quarta semana consecutiva de perdas. O índice futuro do Dow Jones tem alta moderada de 0,12%; S&P 500 flutua em torno da estabilidade e o Nasdaq registra valorização modesta de 0,11%. O juro pago pelo T-Note de 10 anos recua um ponto base para 0,66% ao ano. O índice DXY do dólar, que compara o valor da moeda americana diante de uma cesta de moedas fortes, situa-se em 94,42 pontos, com alta discreta de 0,04%, preservando a sua melhor semana desde abril passado.
As bolsas da Ásia não mostraram um denominador comum, nesta sexta-feira. O índice acionário japonês Nikkei subiu 0,51% em Tóquio, enquanto o sul-coreano Kospi se valorizou 0,27% em Seul, recuperando-se do tombo de ontem, decorrente do aumento das tensões na Península Coreana. Em Hong Kong, o índice Hang Seng fechou o dia com queda de 0,32%, ao mesmo tempo em que o Taiex teve perda de 0,26% em Taiwan. Na China, o índice Xangai Composto recuou 0,12%. No mercado de moeda, o dólar é negociado a 105,42 ienes, mesmo patamar observado ontem à tarde.
Na Europa, as bolsas flutuam em direções desencontradas, não conseguindo definir um direcional único. Investidores acompanham os desdobramentos da nova onda de Covid-19 no continente, o que já está forçando o fechamento parcial das economias, o que deverá prejudicar a recuperação econômica da região. O índice intercontinental de ações, STOXX600, registra alta modesta de 0,07%, no momento. Em Londres, o FTSE100 sobe 0,16%; o CAC40 em Paris e o DAX em Frankfurt registram quedas de -0,66% e -0,53%, respectivamente. O euro é cotado a US$ 1,1651, perdendo -0,18% ante a divisa americana.
Os preços de commodities operam em alta, no momento, subindo 0,29% no índice geral da Bloomberg. O contrato futuro do petróleo tipo WTI para novembro é negociado a US$ 40,42/barril, com alta de 0,27%, no momento.
Com agenda econômica doméstica esvaziada, mercados ficam reféns do ambiente externo. A Bovespa deve acompanhar os movimentos das bolsas de Nova York, diante da expectativa de que democratas e republicanos cheguem a um acordo sobre novos estímulos fiscais, assegurando a recuperação da economia americana. Foi divulgada a inflação paulista da 3ª quadrissemana de setembro. O IPC-Fipe registrou alta de 1,07%, vindo pouco abaixo da mediana das projeções do mercado (1,09%). No mercado de DIs, os juros futuros poderão reverter parte do fechamento de ontem. A taxa de câmbio deve continuar oscilando entre margens estreitas, nas proximidades de R$ 5,50/US$.