Hoje na Economia – 28/09/2020

Os principais mercados de ações internacionais operam em alta firme nesta manhã de segunda-feira. Investidores mostram-se mais otimistas, acreditando que o forte movimento de vendas da semana passada, motivado por várias notícias negativas, tenha terminado.

Na Ásia, a maioria das bolsas fechou em alta, ainda que não houvesse uma homogeneidade nos resultados. O índice regional de ações, MSCI Asia Pacific terminou o dia com ganho de 1%. Na China, o índice Xangai Composto fechou com modesta queda de -0,06%, em seu terceiro recuo consecutivo. Dados oficiais mostraram que o lucro industrial da China cresceu 19,1% em agosto, na comparação anual, em mais um sinal de que segue firme a recuperação da atividade industrial chinesa. No Japão, o Nikkei registrou valorização de 1,32% em Tóquio, com destaque para ações ligadas ao comércio eletrônico e à produção de eletrônicos. Em Hong Kong, o índice Hang Seng fechou em alta de 1,04%, enquanto o sul-coreano Kospi avançou 1,29% em Seul. Em Taiwan, o Taiex subiu 1,88%. No mercado de moedas, o dólar é negociado a 105,33 ienes, de 105,60 ienes de sexta-feira à tarde.

Na Europa, investidores acompanham o otimismo da Ásia, resultando em alta abrangente nas bolsas da região. O índice intercontinental STOXX600 opera com valorização de 1,53%, no momento. Em Londres, o FTSE100 sobe 1,10%, enquanto a libra se valoriza 0,71% frente ao dólar em meio ao otimismo que cerca as negociações em torno do Brexit, que se aproxima da data limita em outubro. Em Paris, o CAC40 tem valorização de 1,59%, enquanto o DAX sobe 2,29% em Frankfurt. O euro é negociado a US$ 1,1645, contra US$ 1,1632 do final de sexta-feira.

Nos Estados Unidos, investidores permanecem de olho na corrida eleitoral, bem como nas possibilidades de o Congresso chegar a um acordo em torno de um novo pacote de estímulos. Ontem, a presidente da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi, afirmou que há possibilidade de se chegar a um acordo com o governo, embora persistam as divergências. No momento, os índices futuros das bolsas de Nova York operam com altas expressivas: o futuro do Dow Jones registra ganho de 0,85%; S&P 500 avança 0,82%; Nasdaq tem alta de 1,16%. O juro pago pelo T-Bond de 10 anos permanece estável em 0,67% ao ano. O índice DXY do dólar opera em baixa de 0,25%, nesta manhã, situando-se em 94,41 pontos, em um dia de menor aversão ao risco.

No mercado de petróleo, os contratos futuros do petróleo tipo WTI registram queda de 0,89%, nesta manhã, sendo negociados a US$ 39,89/barril. Aumento da produção da Líbia e uma lenta retomada da demanda pela commodity devido à pandemia explicam a queda desta manhã.

No Brasil, o ambiente global deve dividir as atenções com fatores domésticos na definição do posicionamento dos agentes. A Bovespa deve abrir em alta acompanhando o bom desempenho das bolsas no exterior, enquanto se aguarda por novos lances no âmbito fiscal. O presidente Bolsonaro deve se reunir hoje com a base aliada para bater o martelo no formato da PEC do Pacto Federativo, que muito provavelmente será acompanhada pela criação do novo imposto sobre transações financeiras. Em dia de menor aversão ao risco, o dólar pode operar em queda, enquanto os juros futuros devem apresentar ligeiras oscilações, com viés de baixa.