Hoje na Economia – 27/10/2020

Hoje na Economia – 27/10/2020

Mercados financeiros operam majoritariamente no negativo hoje, após já terem caído de forma substancial ontem. A segunda onda de Covid-19 pesa em especial nos mercados europeus, enquanto a demora para chegar a um acordo sobre pacote fiscal afeta os preços de ativos dos EUA.

Na Ásia, as bolsas fecharam majoritariamente em baixa, com o índice regional MSCI Asia Pacific caindo -0,1%. Houve queda de -0,04% no índice Nikkei225 do Japão, -0,53% no Hang Seng de Hong Kong e -0,56% no KOSPI de Seul. A bolsa de Xangai, por sua vez, teve ligeira alta, de +0,10%. O iene está se valorizando diante do dólar, +0,18%, cotado a ¥/US$ 104,65. O comitê central do Partido Comunista Chinês começa o seu plenário anual hoje, que deve durar até quinta-feira, definindo metas e programas econômicos para o próximo ano.

Na Europa, bolsas operam em mais um dia de queda. Há recuos de -0,46% no índice pan-europeu STOXX600, -0,06% no FTSE100 de Londres, -1,11% no CAC40 de Paris e -0,48% no DAX de Frankfurt. O euro está se desvalorizando ligeiramente diante do dólar, -0,02%, cotado a US$/€ 1,1808. A libra, por sua vez, está se desvalorizando -0,03%, a US$/£ 1,3021, enquanto as negociações para o Brexit seguem ocorrendo, devendo terminar no meio de novembro. O receio em relação à segunda onda de Covid-19, que alguns estudiosos dizem que pode ser pior que a primeira, pesa sobre os mercados, porém governos seguem relutantes em tomar medidas draconianas de distanciamento social iguais às adotadas em março e abril, devido à oposição política e fadiga da população com essas medidas.

Nos EUA, os futuros dos índices de bolsas operam em ligeira alta, após a forte queda vista ontem. Há avanços de 0,13% no Dow Jones, 0,35% no S&P500 e 0,40% no NASDAQ. O dólar está ganhando valor diante de outras moedas, mas de maneira pequena, com o índice DXY subindo 0,02%. Os juros futuros estão caindo levemente, com o yield da Treasury de 10 anos diminuindo de 0,803% a.a.. para 0,80% a.a.. Hoje serão divulgados dados de encomendas de bens duráveis, com o núcleo devendo ter desacelerado de 0,6% M/M para 0,4% M/M em setembro. A confiança do consumidor em outubro, medida pelo Conference Board, também deve sair, devendo ter melhorado de 101,8 para 102,0. Índices de preços de casas e de manufatura do Fed de Richmond completam a agenda de dados econômicos.

Os preços de commodities operam sem direção única no momento. Há alta de 0,25% no índice geral da Bloomberg, mas ela é causada principalmente pelo avanço nos preços de petróleo, de 1,32% no caso do barril tipo WTI, negociado a US$ 39,08. Outras commodities operam majoritariamente em queda, de -1,26% no caso do cobre e -1,60% do níquel, por exemplo.

No Brasil, hoje saiu o IPC-FIPE da 3ª semana de outubro, que veio acima do esperado (1,10% contra mediana de projeções de 1,00%). O INCC-M de outubro também será divulgado, devendo ter subido de 1,15% M/M no mês anterior para 1,55% M/M. As medidas de inflação mais elevadas devem fazer os juros futuros subirem ainda mais, em especial na parte intermediária da curva de juros. A decisão do Copom amanhã, na qual é esperada manutenção dos juros básicos, deve impedir que a alta ocorra nos vencimentos mais curtos. A bolsa brasileira teve desempenho melhor que seus pares internacionais ontem, e hoje deve seguir mais as americanas que as europeias, devendo ter ligeira alta. O real, por sua vez, deve se depreciar ligeiramente diante do dólar.

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