Hoje na Economia – 16/11/2020

Hoje na Economia – 16/11/2020

Mercados abrem os negócios nesta manhã digerindo os bons resultados sobre atividade divulgados na China e no Japão, reforçando a percepção de que a região vem se recuperando da pandemia do novo coronavírus. O dia parece favorecer os ativos de risco em geral, com investidor deixando em segundo plano as preocupações sobre uma nova onda de covid-19 em varias partes do mundo, principalmente na Europa e EUA.

As bolsas asiáticas começaram a semana registrando altas expressivas na maioria dos mercados da região. Reação aos dados animadores da China e Japão, como também pela assinatura de um acordo comercial englobando 15 economias da região do Pacífico. No Japão, o PIB se expandiu a uma taxa anualizada de 21,4% no 3º trimestre, o melhor resultado em pelo menos 40 anos, superando as projeções dos analistas (18,9%). Na China, a produção industrial subiu 6,9% em outubro em relação a igual mês do ano passado. As vendas do comércio subiram 4,3% nessa mesma métrica, vindo pouco abaixo das projeções do mercado (4,6%). Os investimentos em ativos fixos subiram 1,8% nos primeiros dez meses do ano, acima do estimado pelos analistas (1,6%). Em Xangai, o índice Composto fechou o dia com ganho de 1,11%; enquanto em Tóquio, o índice Nikkei registrou valorização de 2,05%. O dólar é negociado a 104,41 ienes, contra 104,64 ienes do final de sexta-feira. Nos demais mercados da região, o sul-coreano Kospi avançou 1,97% em Seul; o Hang Seng apurou ganho de 0,86% em Hong Kong; o Taiex registrou alta de 2,10% em Taiwan. O índice MSCI Asia Pacific se valorizou 1,6% na sessão desta segunda-feira.

Na Europa, bolsas da região abriram com altas expressivas, estimuladas pelos avanços dos mercados asiáticos diante das evidências de que as economias asiáticas vêm superando o choque causado pela pandemia. Contribui também a notícia sobre o acordo comercial firmado entre 15 economias da Ásia e do Pacífico, incluindo China, Japão e Coreia do Sul, formando a Parceria Econômica Abrangente Regional (RCEP), dando origem a maior aliança comercial do mundo. No momento, o índice pan-europeu, STOXX600, opera com valorização de 0,58%. Em Londres, o FTSE100 sobe 0,65%; o CAC40 se valoriza 1,09% em Paris; em Frankfurt, o DAX sobe 0,49%. O euro troca de mãos a US$ 1,1843, se valorizando 0,08%.

O otimismo que move os mercados asiáticos e europeus deve contagiar as bolsas americanas, que devem abrir em alta, segundo o comportamento dos principais índices futuros das bolsas de Nova York. O futuro do Dow Jones tem alta de 0,86% no momento; S&P 500 avança 0,80%; Nasdaq sobe 0,57%. Por outro lado, os juros das Treasuries recuam em meio ao rápido avanço da covid-19 nos EUA. O juro pago pelo T-Bond de 10 anos recua três pontos base para 0,87% ao ano. O índice DXY do dólar opera em baixa nesta manhã, situando-se em 92,49 pontos, recuando -0,28%,

O bom desempenho da atividade econômica na China e Japão, revelado pelos indicadores divulgados nesta manhã, estimula o mercado de petróleo. O contrato futuro do petróleo tipo WTI para dezembro é negociado a US$ 41,09/barril, com alta de 2,39%.

No Brasil, terminado o primeiro turno das eleições municipais, as atenções voltam-se para a retomada dos trabalhos no Congresso, em meio a crescentes preocupações com o quadro fiscal diante do reduzido tempo disponível para a aprovação de medidas que reduzam as pressões sobre o orçamento fiscal de 2021. Hoje, o ambiente externo é favorável ao apetite ao risco. Bons dados sobre a China devem favorecer a Bovespa, nesta segunda-feira, enquanto o real pode se beneficiar do recuo do dólar. Os DIs devem responder as notícias referentes ao ambiente fiscal.

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