Hoje na Economia – 18/11/2020

Hoje na Economia – 18/11/2020

As preocupações com a aceleração de novos casos de covid-19 em várias partes do mundo alimentam aversão ao risco nesta quarta-feira, estimulando movimentos de realização de lucros nas principais bolsas internacionais. Com a proximidade do inverno no Hemisfério Norte, aumentam os temores com a possibilidade de que as infecções pelo novo coronavírus voltem a se alastrar antes do surgimento de uma vacina eficaz. Países europeus e asiáticos endureceram as medidas de isolamento social, prejudicando a atividade econômica.

Na Ásia, as bolsas encerraram a sessão de hoje sem direcional claro. O índice regional de ações MSCI Asia Pacific apurou ganho de 0,20%. Na Coreia do Sul e no Japão, governos têm intensificado as regras de isolamento social diante de novos recordes diários de infecções. Na bolsa de Tóquio, o índice Nikkei recuou -1,10% no pregão de hoje, com investidor realizando lucros após os recordes recentes. Essa queda ocorreu mesmo após o Banco do Japão (BoJ) declarar que continuaria comprando fundos negociados em bolsa (ETF) para manter mercados estáveis em meio a pandemia de covid-19. O sul-coreano Kospi fechou com alta de 0,26%, enquanto o Hang Seng apurou ganho de 0,49%. Na China, o índice Xangai Composto subiu 0,22%, atingindo o maior nível desde o começo deste ano. No mercado de moedas, a moeda japonesa valoriza 0,25% diante do dólar, no momento. A moeda americana é negociada a 103,93 ienes, contra 104,19 ienes de ontem à tarde.

As bolsas da Europa abriram o dia operando no vermelho, influenciadas pelo aumento do número de casos de covid-19 no continente. Países como Reino Unido, Alemanha, Itália e França têm registrado aceleração da contaminação e lançado mão de medidas de isolamento social. O endurecimento da política de distanciamento deve resultar em desaceleração da atividade econômica neste final de ano. No momento, o índice pan-europeu de ações, STOXX600, flutua em torno da estabilidade. Em Londres, o FTSE100 recua -0,35%; o CAC40 tem queda marginal de -0,07% em Paris; em Frankfurt, o DAX sobe discretos 0,02%. O euro é cotado a US$ 1,1884 se valorizando 0,19% ante a moeda americana.

No mercado americano, os futuros de ações das bolsas de Nova York operam com altas discretas, refletindo ainda os efeitos da realização de lucros ocorrida na sessão regular de ontem. Nesta manhã, o índice futuro do Dow Jones se valoriza 0,06%; S&P 500 avança 0,11%; Nasdaq sobe 0,05%. O índice DXY do dólar recua -0,17% nesta manhã, refletindo a valorização do euro e da libra inglesa. O juro pago pelo T-Bond de 10 anos recua um ponto base para 0,84% ao ano. O comportamento do dólar, bem como das Treasuries, reflete o discurso efetuado ontem pelo presidente do Fed, Jerome Powell, que a instituição utilizará todos os instrumentos necessários para apoiar a recuperação da economia, afetada pela pandemia de covid-19.

No mercado futuro de petróleo, o produto tipo WTI para entrega em dezembro é negociado a US$ 41,72/barril, com alta de 0,70%, nesta manhã, refletindo o enfraquecimento da divisa americana.

No Brasil, as atenções concentram-se no avanço da pauta econômica. Congresso parece disposto a tocar as matérias menos polêmicas nestes dias, começando com os projetos sobre marcos regulatórios, como o do gás, da cabotagem e lei de falência. As reformas mais polêmicas devem esperar pela definição do segundo turno das eleições municipais. A Bovespa deve abrir sem direcional claro, mas de olho nas novidades sobre vacinas e na movimentação política no Congresso. O real deve se beneficiar da fraqueza global do dólar, enquanto os juros futuros devem flutuar entre margens estreitas, mas com viés de baixa.

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