Hoje na Economia – 01/12/2020

Hoje na Economia – 01/12/2020

Mercados financeiros iniciam mês de novembro com grande otimismo em relação à aprovação de vacinas contra o novo coronavírus (ontem a empresa Moderna anunciou que deve requisitar a aprovação de sua vacina nos EUA e na Europa em dezembro) e alta nas bolsas, após realização de lucros de dia anterior.

Na Ásia, as bolsas fecharam em alta. O índice regional MSCI Asia Pacific subiu 1,1%, com avanços de 1,34% no índice Nikkei225 de Tóquio, 0,86% no Hang Seng de Hong Kong, 1,77% na bolsa de Xangai e 1,66% no KOSPI de Seul. Os índices de gerentes de compras de manufatura subiram na maioria das economias asiáticas entre outubro e novembro: de 48,7 para 49,0 no Japão, de 51,2 para 52,9 na Coréia e de 53,6 para 54,9 na China, nesse último caso superando as expectativas (mediana de 53,5 segundo a Bloomberg) e ficando no maior patamar desde novembro de 2010. O iene está se desvalorizando diante do dólar, -0,06%, cotado a ¥/US$ 104,37.

Na Europa, todas as bolsas operam em alta. Há avanços de 0,83% no índice regional STOXX600, 1,89% no FTSE100 de Londres, 0,98% no CAC40 de Paris e 0,89% no DAX de Frankfurt. O euro está se valorizando diante do dólar, +0,34%, cotado a US$/€ 1,1968. Os índices de gerentes de compras de manufatura nas economias europeias vieram próximos das prévias: 57,8 na Alemanha (contra prévia de 57,9), 49,6 na França (contra prévia de 49,1) e 53,8 na Zona do Euro (contra prévia de 53,6). A prévia da inflação na Zona do Euro ficou em -0,3% A/A, contra expectativa de -0,2% A/A, com o núcleo não mostrando surpresa ao ficar em 0,2% A/A.

Os índices futuros de ações nos EUA operam em alta, com avanços maiores no Dow Jones (1,11%) e S&P500 (0,98%) que no NASDAQ (0,79%). O dólar está perdendo valor contra a maioria das moedas, com o índice DXY caindo -0,12%. Os juros futuros americanos sobem ligeiramente, com o yield da Treasury de 10 anos aumentando 1 pb, para 0,85% a.a.. Hoje sairão dados de índices de gerentes de compras nos EUA, com expectativa de recuo em relação ao mês anterior, mas ainda em zona de expansão, e o presidente do Fed, Jerome Powell, fará seu discurso diante do comitê bancário do Senado.

Os preços de commodities operam sem direção única no momento. O índice geral da Bloomberg sobe 0,58%, devido a avanços de 1,11% no ouro, 2,62% na prata, 1,07% no cobre e nas commodities agrícolas (0,19% soja, 0,35% milho, 0,43% trigo). Por outro lado, há quedas de -0,33% no ferro e o preço do petróleo tipo WTI recua -0,11%, cotado a US$ 45,28/barril, após a reunião da OPEP terminar sem acordo para redução de produção.

No Brasil, a agenda legislativa divulgada ontem pelo Congresso para a semana frustrou expectativas de que questões fiscais importantes seriam endereçadas rapidamente, com apenas projetos de BR do Mar e Casa Verde Amarela na pauta da semana. Ontem a Aneel divulgou que a bandeira tarifária de dezembro subirá para vermelha 2, interrompendo a norma que colocava a bandeira em verde até o final do ano devido à pandemia. Assim, o IPCA de dezembro deve ser quase 0,50 pp acima do previsto anteriormente, agora em torno de 1,38% M/M, e o IPCA de 2020 também deve ser maior, 4,34%. Por outro lado, o IPCA de 2021 deve ser menor também, a depender de qual bandeira vigorará em dez/21, mas devendo voltar a ficar distante do centro da meta, de 3,75%, entre 3,0% e 3,2%. O IPC-S da 4ª semana foi divulgado e ficou acima do esperado (0,94% contra 0,87%). Hoje saem dados de PMI manufatura e balança comercial de novembro, que deve ter superávit de US$ 4,3 bi. O movimento global deve fazer o real se valorizar diante do dólar e o Ibovespa subir. Os juros futuros devem cair, com menor chance de alta de juros em 2021 devido à mudança na bandeira tarifária.

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