Hoje na Economia – 14/12/2020

Hoje na Economia – 14/12/2020

Mercados começam a semana operando em alta, com investidores esperançosos com o início da imunização nos EUA com a vacina da Pfizer e da BionTech, ao mesmo tempo em que avaliam os efeitos negativos da nova onda de covid19 sobre a economia global, neste final de ano. Anima também os investidores, o entendimento entre democratas e republicanos que deverão apresentar no Congresso novo pacote de ajuda fiscal no valor de US$ 908 bilhões nesta segunda-feira. Não há garantias, ainda, de aprovação pelo Congresso.

Na Ásia, principais bolsas fecharam sem um direcional único, nesta segunda-feira. O índice regional de ações MSCI Asia Pacific encerrou a sessão com alta discreta de 0,10%. O avanço da covid-19 e seus riscos à atividade permanecem no radar dos investidores, atenuado hoje pela esperança gerada pelo início da vacinação nos EUA. No Japão, ajudou também o mercado acionário a avaliação positiva sobre o cenário das empresas captada pela pesquisa Tankan, divulgada pelo Banco do Japão (BoJ). Em Tóquio, o índice Nikkei fechou com alta de 0,30%, com destaque para ações de companhias de transportes e montadoras de automóveis. Na China, o índice Xangai Composto registrou ganho de 0,66%; enquanto o Hang Seng fechou em baixa de -0,44% em Hong Kong. Na Coreia do Sul, um novo surto de covid-19, com número de infecções diárias batendo recorde, pesou sobre o sentimento dos investidores. Na bolsa de Seul, o índice Kospi terminou o pregão com queda de -0,28%. Em Taiwan, o Taiex caiu -0,36%.

Na Europa, as bolsas locais operam com altas significativas. Início de vacinação nos EUA e esperança de que Reino Unido e União Europeia cheguem a um acordo comercial pós-Brexit nos próximos dias compensam os temores sobre os riscos sobre a atividade econômica decorrente do avanço da covid-19 na região. O índice pan-europeu de ações, STOXX600, opera com alta de 0,76%, no momento. Em Londres, o FTSE100 sobe 0,23%; em Paris, o CAC40 avança 0,80%; o DAX tem alta de 0,87% em Frankfurt.

Em dia de maior apetite ao risco, o dólar opera em queda ante outras moedas principais. O índice DXY do dólar, que segue o valor da moeda americana diante de uma cesta de moedas, encontra-se em 90,64 pontos, recuando -0,38%. O euro opera na máxima do dia, no momento, sendo cotado a US$ 1,2149, com alta de 0,39%. A libra vale US$ 1,3397, se valorizando 1,31%; já a moeda japonesa se valoriza 0,20%, com dólar valendo 103,49 ienes. Por outro lado, o retorno das Treasuries sobe nesse ambiente de menor busca por segurança. O yield do T-Bond de 10 anos encontra-se em 0,91% ao ano, subindo um ponto base, nesta manhã. Os índices futuros das bolsas de Nova York operam em alta firme: Dow Jones +0,67%; S&P 500 +0,54%; Nasdaq +0,35.

Os contratos futuros de petróleo operam com ganhos significativos. O enfraquecimento global do dólar, em um ambiente de menor aversão ao risco, dá suporte à commodity. O contrato futuro do produto tipo WTI, para janeiro, é negociado a US$ 47,15/barril, com alta de 1,25%.

No mercado brasileiro, o ambiente político continuará no radar nesta semana, em que o destaque será a votação da Lei de Diretrizes Orçamentária de 2021 (LDO), prevista para quarta-feira. O Ibovespa deve continuar se beneficiando do ambiente global mais otimista diante da iminência de vacina e do suporte fiscal nos EUA, além do influxo positivo de capitais estrangeiros. O quadro de dólar mais fraco no exterior mantém a tendência de apreciação do real. No mercado de juros, os DIs devem manter fracas oscilações, com viés de baixa, enquanto se aguarda a divulgação da ata do Copom, amanhã.

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