Hoje na Economia – 08/02/2021
O cenário de reflação da economia americana permanece no radar. Após a fraca geração de empregos nos EUA em janeiro, ganham força as pressões para um avanço rápido do pacote fiscal do governo Biden. A secretária do Tesouro, Janet Yellen, afirmou que a economia americana poderia voltar ao pleno emprego no ano que vem caso seja aprovado um pacote de estímulo fiscal suficientemente amplo. O dia começa propício aos ativos de risco. A maioria das bolsas internacionais opera em alta, nesta manhã.
Na Ásia, as bolsas em sua maioria fecharam no azul, dando sequência a melhor semana para o mercado acionário desde novembro. O índice regional de ações, MSCI Asia Pacific, fechou com alta de 0,80%. As bolsas japonesas lideraram os ganhos na região, refletindo os balanços trimestrais de instituições financeiras com resultados acima do esperado pelos analistas. Em Tóquio, o índice Nikkei fechou com valorização de 2,12%, ficando muito próximo da marca dos 30 mil pontos. Na China, o índice Xangai Composto subiu 1,03%, enquanto o Hang Seng teve ganho moderado de 0,11% em Hong Kong. Na contramão da região, o índice sul-coreano Kospi encerrou a sessão de hoje com queda marginal de -0,04% em Seul. No mercado de moedas, o dólar é negociado a 105,60 ienes, contra 105,38 ienes de sexta-feira à tarde.
No mercado americano, os índices futuros das bolsas de Nova York e os juros dos Treasuries operam em alta, sinalizando que Wall Street deverá manter a tendência de valorização, após o expressivo desempenho da semana passada. Sustentam esse cenário as expectativas de que o governo de Joe Biden conseguirá aprovar o pacote fiscal e que a economia americana seja reaberta com a vacinação de sua população contra a covid-19. As taxas de juros dos papéis longos encontram-se no maior nível dos últimos doze meses, enquanto a inflação implícita sobe num ritmo mais rápido desde 2014. Nesta manhã, o juro pago pelo T-Bond de 10 anos subiu três pontos base para 1,20% ao ano. O índice DXY do dólar sobe ligeiramente, situando-se em 91,15 pontos (+0,12%), após a queda de sexta-feira em reação aos fracos dados de criação de empregos nos EUA. No mercado futuro, o Dow Jones sobe 0,33%; S&P 500 avança 0,25%; Nasdaq valoriza 0,34%.
Na Europa, as principais bolsas da região operam em alta, acompanhando a tendência ditada pelos mercados acionários da Ásia e futuros de Nova York. O bom humor também é reforçado pela expectativa de encerramento da crise política na Itália, onde Mario Draghi deverá comandar um governo tecnocrata. O índice pan-europeu de ações, STOXX600, registra alta de 0,41% no momento. Em Londres, o FTSE100 sobe 0,48%; o CAC40 avança 0,63% em Paris; em Frankfurt, o DAX tem ganho moderado de 0,25%. O euro é negociado a US $1,2027, desvalorizando 0,16%, no momento.
Os contratos futuros do petróleo operam em alta, nesta manhã, ampliando os ganhos da semana passada, em meio a expectativas de que os EUA vêm superando os efeitos da pandemia de covid-19 sobe a economia americana. O contrato futuro do petróleo tipo WTI para entrega em março se valoriza 1,39% nesta manhã, sendo negociado a US$ 57,64/barril.
No Brasil, as atenções estarão no campo político. É esperada a instalação da Comissão Mista do Orçamento amanhã, onde serão discutidas a retomada do auxílio emergencial e eventuais medidas compensatórias. Na quarta-feira, está prevista a votação da autonomia do BC na Câmara. Na agenda econômica, será conhecido o IPCA de janeiro, além das vendas no varejo, volume de serviços e IBC-Br, todos de dezembro, importantes para se calibrar a aposta de quando o BC iniciará o ciclo de ajuste monetário.