Hoje na Economia – 09/02/2021
Bolsas globais têm leve queda hoje, em dia de realização de lucros após os fortes avanços anteriores em que muitos mercados quebraram recordes.
Na Ásia, a maior parte das bolsas fechou em alta. O índice regional de ações, MSCI Asia Pacific, subiu 0,4%, com avanços de 0,40% no Nikkei225 de Tóquio, 0,53% no Hang Seng de Hong Kong e 0,81% na bolsa de Xangai. Houve queda de -0,21% no KOSPI de Seul e -0,07% no SENSEX da Índia. Dados de crédito chineses vieram, em sua maioria, melhores que esperado, com novos empréstimos em 3580 bi de yuans, contra mediana de expectativas de 3500 bi em janeiro. O iene está se valorizando diante do dólar, +0,60%, cotado a ¥/US$ 104,60.
Na Europa as bolsas operam em leve queda. Há recuo de -0,36% no índice pan-europeu STOXX600, com queda mais forte no DAX de Frankfurt, -0,60%. Os outros índices têm quedas menores: -0,08% no FTSE100 de Londres e -0,03% no CAC40 de Paris. O euro está se valorizando diante do dólar, +0,46%, cotado a US$/€ 1,2105. Na Alemanha os dados de contas externas vieram melhor que as expectativas, com a balança comercial ficando em € 14,8 bi contra mediana de projeções de € 14,0 bi em dezembro.
Os índices futuros de bolsas americanas estão com pequenos recuos no momento, de -0,10% no caso do Dow Jones, -0,08% no S&P500 e -0,09% no NASDAQ. Os juros futuros estão caindo nos vencimentos mais longos, com o yield da Treasury de 10 anos recuando 3 pb, para 1,14% a.a.. O dólar perde valor contra quase todas as moedas do mundo, com o índice DXY caindo -0,42%. O processo legislativo para aprovação do pacote de estímulos de US$ 1,9 tri segue adiante, com os Democratas indicando que não devem recuar em relação ao tamanho do pacote e devem usar opções para aprova-lo mesmo sem maioria de 60 votos, esgarçando suas relações com os Republicanos.
A maioria dos preços de commodities sobe no momento. O índice geral da Bloomberg avança 0,40%, com altas fortes nas commodities metálicas: +2,80% no minério de ferro, +1,57% no cobre, +0,91% no níquel. O petróleo também sobe, com o preço do barril tipo WTI sendo negociado a US$ 58,17 e do tipo Brent superando US$ 60 (a US$ 60,87), altas de 0,34% e 0,50%, respectivamente.
No Brasil, ontem os mercados locais destoaram do ambiente positivo global devido a notícias políticas internas. A sinalização de que o Congresso deve recriar alguma forma de auxílio emergencial mesmo sem a aprovação de medidas compensatórias (como redução de despesas via PEC emergencial) deixou os mercados nervosos. Ainda assim, há avanços em outras partes do processo legislativo, com instalação de comissões, reforma administrativa sendo enviada à CCJ e provável votação de autonomia do BC na Câmara na próxima terça-feira. A primeira semana do IPC-FIPE de fevereiro veio abaixo do esperado, em 0,78% contra mediana de projeções de 0,85%. O IGP-M 1º decêndio deve ter variação de 1,79% e o IPCA de 0,31%, sendo divulgados pela manhã. Hoje os ativos brasileiros devem recuar, acompanhando o mercado externo e também com receio ainda em relação à solução fiscal encontrada no Legislativo para o retorno do auxílio emergencial. A bolsa deve cair, os juros futuros devem subir (sendo afetados pelas inflações a serem divulgadas hoje), mas o real pode ficar estável, com o movimento global indo na direção contrária do doméstico.