Hoje na Economia – 18/02/2021
Mercados financeiros operam sem direção única ao redor do globo, com receios ainda em relação à alta nos juros futuros americanos, e como isso pode impactar o lucro de empresas.
Na Ásia, a maioria das bolsas fechou em queda, após o fim do feriado do ano novo lunar chinês. O índice MSCI Asia Pacific recuou -0,8%, com quedas de -0,19% no Nikkei225 de Tóquio, -1,58% no Hang Seng de Hong Kong, -1,50% no KOSPI de Seul e -0,68% no CSI300 de Xangai. A escassez de semicondutores segue sendo um dos problemas para empresas na região. O iene está se valorizando diante do dólar, +0,12%, cotado a ¥/US$ 105,74.
Na Europa, as bolsas alternam altas e baixas. O índice pan-europeu STOXX600 sobe 0,06%, influenciado em especial pelo DAX de Frankfurt, que avança 0,21%. Há quedas nos outros índices, de -0,07% no FTSE100 de Londres, -0,09% no CAC40 de Paris e -0,06% no IBEX de Madri. O euro está se apreciando diante do dólar, +0,25%, cotado a US$/€ 1,2068.
Nos EUA, os índices futuros de ações estão em queda no momento. Há recuos de -0,10% no Dow Jones, -0,26% no S&P500 e -0,57% no NASDAQ. Os juros futuros voltam a subir, mas o yield da Treasury de 10 anos não voltou a superar 1,30% a.a., estando agora em 1,286% a.a., contra 1,272% a.a. de ontem e 1,316% a.a. de terça-feira. Ontem a ata do FOMC seguiu mostrando linguajar dovish, o que ajudou na contenção dos juros futuros. O dólar está perdendo valor contra quase todas as moedas (o yuan chinês sendo a exceção), com o índice DXY recuando -0,26%. Dados de housing de janeiro que serão divulgados hoje devem mostrar acomodação na margem. Os pedidos semanais de seguro desemprego devem mostrar recuo.
Os preços de commodities seguem subindo, de forma geral. O índice geral da Bloomberg avança 0,38%, com destaque para o petróleo sendo negociado acima de US$ 60/barril. O petróleo tipo WTI está trocando de mãos a US$ 61,26, uma alta de 0,20%, influenciada pelas nevascas no Texas, que interrompem a produção e também aumentam a demanda. O minério de ferro subiu 6% hoje, enquanto houve quedas de -0,18% no cobre e -0,61% no níquel. Maioria das commodities agrícolas opera em leve queda.
No Brasil, a 2ª semana do IPCA-FIPE ficou abaixo do esperado, com variação de 0,55% contra mediana de projeções de 0,70%. Hoje ainda sairão dados da 2ª semana do IPC-S (que deve ter ficado em 0,40%) e do IGP-M 2º decêndio (que deve ter diminuído de 2,37% para 1,88%). Mercados domésticos devem seguir refletindo questões locais, em especial a rapidez (ou não) do Congresso para analisar o auxílio emergencial e medidas compensatórias, além de reformas estruturais. A bolsa brasileira deve ter queda, os juros futuros alta e o real pode seguir na contramão das moedas globais e se desvalorizar, à medida que não há avanço nas notícias sobre medidas que compensem a volta do auxílio emergencial.