Hoje na Economia – 25/02/2021

Hoje na Economia – 25/02/2021

Maior parte das bolsas do mundo opera em alta pela manhã, mas com importantes exceções, à medida que a reflação nos países desenvolvidos continua, com mais alta em preços de commodities e mais sinais de retomada de atividade. Estudos com vacina da Pfizer também ajudam no otimismo com recuperação econômica.

As bolsas asiáticas terminaram o pregão em alta, com o índice MSCI Asia Pacific subindo 1,4%, após forte queda no dia anterior. Houve avanços de 1,67% no Nikkei225 de Tóquio, 1,20% no Hang Seng de Hong Kong, 0,59% na bolsa de Xangai e 3,50% no KOSPI de Seul. A fala do presidente americano, Joe Biden, de que deve tomar alguma atitude para resolver o problema de falta de chips e semicondutores no mercado ajudaram empresas ligadas à produção desses bens nas bolsas. O iene está se desvalorizando diante do dólar, -0,26%, cotado a ¥/US$ 106,15.

Na Europa, a maior parte das bolsas opera em alta. O índice regional STOXX600 sobe 0,13%, com avanços de 0,41% no FTSE100 de Londres e 0,38% no CAC40 de Paris. Por outro lado, há queda de -0,13% no DAX de Frankfurt. O euro está se valorizando bastante contra o dólar, +0,50%, cotado a US$/€ 1,2227. A confiança econômica na Zona do Euro subiu mais que o esperado, avançando de 91,5 para 93,4, contra expectativa de 92,1.

Nos EUA, índices futuros de ações de tecnologia caem, reagindo a notícias sobre vacinas indicando maiores chances de recuperação da economia dos efeitos do Covid-19. O NASDAQ cai -0,61% o S&P500 -0,07%, porém o Dow Jones sobe 0,15%. O dólar está tendo um desempenho misto em relação a outras moedas, com o índice DXY caindo -0,47%, influenciado por avanços no euro e dólar canadense, porém com diversas moedas de países emergentes depreciando diante dele, como rand sul-africano (-1,3%), lira turca (-0,4%) e rublo russo e rupia indiana (-0,14% e -0,15%, respectivamente). Os juros futuros seguem subindo, após o presidente do Fed, Jerome Powell, reiterar ontem que não vê razões para preocupação com a inflação ou retirada de estímulos no curto prazo. O yield da Treasury de 10 anos está em 1,44% a.a., maior nível em quase um ano, contra 1,37% do fechamento de ontem.

Os preços de commodities se beneficiam da fala de Powell e da expectativa de retomada da economia mundial com vacinação. O índice geral da Bloomberg avança 0,54%, com altas muito fortes em commodities metálicas (cobre +1,11%, níquel +1,01%, ferro +1,43%). O preço do petróleo tipo WTI sobe 0,25%, negociado a US$ 63,39/barril.

No Brasil, o IGP-M veio acima do esperado, com variação de 2,53% M/M contra expectativa de 2,45% M/M. O IPC-FIPE da 3ª semana, por outro lado, avançou 0,36% contra expectativa de 0,43%. Hoje saem dados de crédito referentes a janeiro e resultado fiscal do governo central, que deve ter mostrado superávit de quase R$ 40 bi no primeiro mês do ano. Ontem o presidente Bolsonaro sancionou a lei de autonomia do Banco Central, e no discurso prestigiou o ministro da economia Paulo Guedes e o presidente do BC, Campos Neto. As notícias no campo político seguem indicando que a PEC emergencial pode ser fatiada, com aprovação inicial apenas da autorização para maiores gastos em 2021. A bolsa brasileira hoje pode subir, ajudada pelo aumento de preços de commodities e maior otimismo com recuperação global. Os juros futuros podem seguir pressionados com o aumento de inflação visto no IGP-M e nas commodities e a maior preocupação com a política em torno da aprovação da PEC emergencial. O real, por sua vez, deve se desvalorizar, seguindo outras moedas de países emergentes.

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