Hoje na Economia – 01/03/2021

Hoje na Economia – 01/03/2021

Mercados globais se recuperam das quedas dos últimos dias da semana passada, com as autoridades reafirmando sua vontade de manter os estímulos econômicos, mesmo com a alta recente nas expectativas de inflação e dos juros mundiais.

Na Ásia, as bolsas fecharam em forte alta. O índice regional MSCI Asia Pacific subiu 1,5%, com recuperação de 2,41% no índice Nikkei225 de Tóquio, 1,63% no Hang Seng de Hong Kong e 1,21% no índice composto de Xangai. As bolsas da Coreia do Sul e de Taiwan não abriram devido a feriados. Os índices de gerentes de compras vieram abaixo do esperado na China, indicando desaceleração no ritmo de crescimento econômico. O dado de manufatura ficou em 50,6 no índice oficial (contra expectativa de 51,0) e 50,9 no dado divulgado pelo Markit (contra expectativa de 51,4). O índice oficial de serviços ficou em 51,4, contra expectativa de 52,0. No Japão, o índice PMI de manufatura ficou em 51,4, contra prévia de 50,6. O iene está se depreciando levemente contra o dólar, -0,13%, cotado a ¥/US$ 106,70.

Na Europa as bolsas também têm recuperação forte. O índice pan-europeu STOXX600 sobe 1,54%, com altas de 1,62% no FTSE100 de Londres, 1,49% no CAC40 de Paris e 1,12% no DAX de Frankfurt. O euro está se desvalorizando diante do dólar, -0,26%, cotado a US$/€ 1,2044. O PMI de manufatura da Zona do Euro veio acima do esperado, 57,9 contra prévia de 57,7.

Os índices futuros de bolsas americanas têm recuperação parcial das quedas da última semana. O Dow Jones sobe 1,04%, o S&P500 1,12% e o NASDAQ 1,42%. O dólar está se valorizando diante de outras moedas de países desenvolvidos, com o índice DXY subindo 0,15%, porém está perdendo valor diante de divisas de países emergentes, com o FXJPEMCS subindo 0,27%. Os juros futuros têm alta, com o yield da Treasury de 10 anos subindo 3 pb, para 1,43% a.a., ainda um nível menor que o máximo vista quinta-feira, de 1,52% a.a.. Durante o final de semana foi aprovado na Câmara dos Representantes o pacote fiscal de US$ 1,9 tri, que agora segue para o Senado. A vacina da Pfizer também foi aprovada pela autoridade americana. Hoje sairão dados de gerentes de compras de PMI e ISM, com expectativa de manutenção dos altos níveis vistos em meses anteriores. Durante a semana sairão dados de emprego, com destaque para o payroll, e o livro bege do Fed.

Os preços de commodities operam sem direção única, mas predominando as altas em itens mais importantes. O índice geral da Bloomberg sobe 0,80%, mesmo com recuos de -3,6% no cobre e -0,4% no ferro. Há altas de 1,35% no petróleo tipo WTI, cotado a US$ 62,3 antes de reunião importante da OPEP na semana, e de 1,0% na soja e 0,5% no níquel, além de recuperação nos metais preciosos (ouro +0,85% e prata +2,02%).

No Brasil, o IPC-S da 4ª semana de fevereiro ficou acima do esperado, 0,54% contra 0,37%. Hoje também sai a balança comercial de fevereiro. As atenções devem ficar no cenário político, com promessas dos presidentes da Câmara e do Senado a representantes do Executivo de que o novo auxílio emergencial só será aprovado com contrapartidas, com a votação ocorrendo nessa semana no Senado. Na semana sairão dados de PIB do 4º trimestre e produção industrial de janeiro. Hoje os mercados devem ter reação positiva ao ambiente global e também com essa promessa de não fatiamento da PEC emergencial. A bolsa deve subir, os juros futuros devem cair e o real deve se valorizar diante do dólar.

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