Hoje na Economia 05/03/2021
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Ações e rendimento das treasuries operam em baixa, nesta manhã, à espera dos dados sobre o mercado de trabalho dos EUA referentes a fevereiro. Sinais de fortalecimento do emprego podem dar mais força ao cenário de reflation trade, gerando novas pressões sobre os juros das treasuries, redundando em impactos renovados sobre os demais ativos, como taxa de câmbio e bolsas. Segundo as projeções dos analistas, a folha de pagamento (payroll) deve mostrar criação líquida de 200 mil vagas em fevereiro, se recuperando ante os 49 mil postos criados em janeiro. Esse resultado pode ser visto como as primeiras consequências do avanço da vacinação, bem como dos estímulos fiscais adotados em dezembro. A taxa de desemprego deve permanecer em 6,3%. Os investidores também remoem os comentários do presidente do Fed, Jerome Powell, que ontem não deu qualquer indicação de que o Fed poderia tentar conter a trajetória de alta dos rendimentos das Treasuries longas. No momento, o dólar opera em alta frente às principais moedas fortes. O índice DXY sobe 0,33%, situando-se em 91,94 pontos. O juro do T-Bond de 10 anos flutua em torno de 1,55% ao ano. No mercado futuro das bolsas de Nova York, o Dow Jones mostra queda de 0,27%; S&P cai 0,31%; Nasdaq perde 0,26%. Na Ásia, as bolsas contabilizaram perdas generalizadas. O índice regional de ações, MSCI Asia Pacific, apurou queda de 0,6% no pregão de hoje. Na China, o anúncio do governo de que espera que o PIB chinês cresça 6,0% este ano, abaixo das projeções dos analistas, não mexeu com os mercados. O índice Xangai Composto fechou perto da estabilidade, com queda de 0,04%. No Japão, o índice Nikkei da bolsa de Tóquio encerrou a sessão com recuo de 0,23%; enquanto o Hang Seng caiu 0,47% em Hong Kong. Na Coreia do Sul, o Kospi desvalorizou 0,58% em Seul e o Taiex recuou 0,32% em Taiwan. O dólar é negociado a 108,43 ienes, se fortalecendo diante do valor de 107,98 ienes de ontem à tarde. Preocupações com a tendência de alta dos Treasuries de mais longo prazo e à espera dos dados sobre emprego nos EUA impõem viés de baixa para as bolsas europeias, nesta manhã. O índice pan-europeu de ações, STOXX600, opera com queda de 0,69%, no momento. Em Londres, o FTSE 100 perde 0,76%; o CAC40 cai 0,84% em Paris; em Frankfurt, o DAX desvaloriza 0,74%. O euro é cotado a US$ 1,1925, se desvalorizando 0,36%, nesta manhã; a libra deprecia 0,42%, a US$ 1,3838. No mercado de petróleo, as cotações da commodity seguem em alta, ainda na sequência da decisão da Opep+ de não aumentar a sua produção em abril, enquanto aguarda que a demanda se fortaleça de forma mais sólida dos choques da pandemia do covid-19. No momento, o contrato futuro do petróleo tipo WTI, para abril, é negociado a US$ 64,62/barril, se valorizando 1,24%. Por aqui, o IBGE divulga a produção industrial de janeiro, que deve mostrar aumento de 0,40% na comparação mensal e 2,0% diante de igual mês de 2020. Esse dado não deve alterar as apostas de alta da Selic no Copom deste mês, diante das pressões inflacionárias e depreciação do câmbio. Os DIs longos devem subir acompanhando as Treasuries, enquanto o câmbio deve se depreciar. A Bovespa deve abrir em baixa seguindo a tendência indicada pelos futuros de ações americanos. |