Hoje na Economia – 19/04/2021

Os principais mercados internacionais operam com alta moderada, nesta manhã, tomados pelo otimismo decorrente dos sinais cada vez mais positivos de retomada da economia global, liderada pela economia americana e chinesa, em que pese às preocupações com a disseminação de novas variantes da covid-19, afetando diferentes regiões do globo.

Na Ásia, as bolsas fecharam a sessão de hoje no azul, com destaque para os papéis ligados ao turismo e tecnologia. O índice regional de ações, MSCI Asia Pacific, registrou alta de 0,20%. Investidores estão atentos ao avanço no setor de turismo chinês, projetando crescimento nas viagens na China nos próximos meses, sobretudo a partir do feriado do Dia do Trabalho em maio. Em Xangai, o índice Composto apurou ganho de 1,44%, nesta segunda-feira. Em Hong Kong, o Hang Seng encerrou o dia com valorização de 0,46%. No Japão, após altos e baixos, o índice Nikkei encerrou o dia próximo da estabilidade (+0,01%). Pesou sobre o humor dos investidores a decisão do governo de Tóquio de declarar estado de emergência, por conta do aumento das infecções por covid-19 na região. Na Coreia do Sul, o índice Kospi também fechou na estabilidade, enquanto o Taiex subiu 0,5% em Taiwan.

No mercado americano, os juros longos dos Treasuries recuam nesta manhã. O juro do T-Bond de 10 anos recua dois pontos base, para 1,56% ao ano, enquanto o T-Note de 2 anos sube para 0,16% ao ano. O índice DXY do dólar, que segue o valor da moeda americana diante de uma cesta de moedas, recua 0,44% nesta manhã, situando-se em 91,15 pontos. O euro se valoriza 0,37%, cotado a US$ 1,2027; a libra é negociada a US$ 1,3884, valorizando 0,38%; o iene avança 0,72% ante o dólar, negociado a ¥108,02/US$. Os índices futuros das bolsas de Nova York operam sem direção única, nesta manhã. Em meio a um noticiário esvaziado, o futuro do Dow Jones recua 0,23%; S&P 500 cai 0,14%; o Nasdaq flutua em torno da estabilidade.

Na Europa, a maior parte das bolsas registra variação positiva, ajustando-se ao fechamento em alta dos mercados acionários de Nova York, na sexta-feira, bem como frente aos resultados corporativos divulgados. O índice pan-europeu de ações, STOXX600, tem alta discreta de 0,09%, no momento. Em Londres, o FTSE100 sobe 0,13%, enquanto o CAC40 avança 0,23% em Paris. Em Frankfurt, o DAX opera no vermelho, caindo 0,10%, nesta manhã.

Os contratos futuros de petróleo operam em queda, nesta segunda-feira. Os investidores monitoram o forte aumento de casos de covid-19 na Índia, que bateu ontem novo recorde, em meio à escassez de vacinas no mercado global. Nesta manhã, o contrato futuro do petróleo tipo WTI, para junho, é negociado a US$ 63,07/barril, com queda de 0,06%.

A agenda internacional fraca promete um ambiente externo menos movimentado, o que aumenta o peso dos eventos domésticos no comportamento dos ativos brasileiros. Expectativa em torno da provável definição sobre o Orçamento, nos próximos dias. Devem ocorrer vetos parciais, desagradando à base aliada no Congresso, que em troca exigirá maior participação no governo. O Ibovespa deve continuar mirando o exterior, muito embora o momento interno possa ser um limitador para novas altas. Os DIs médios e longos são favorecidos pelo recuo dos Treasuries, mas seguem afetados pelo fiscal. O real deve se favorecer da fraqueza do dólar em termos globais, no dia de hoje.