Hoje na Economia – 20/04/2021

Hoje na Economia – 20/04/2021

Mercados financeiros globais operam em queda, com receios em relação ao avanço de Covid-19 em alguns países, em especial na Ásia, e com realização de lucro, uma vez que mesmo com a queda estão em níveis bastante elevados em relação à histórica.

Na Ásia, as bolsas fecharam em sua maioria em queda. O índice MSCI Asia Pacific recuou -0,5%, com a queda de -1,97% no Nikkei225 sendo destaque, após rumores de que o país deve adotar medidas mais estritas de distanciamento social no dia 22 para lidar com uma nova onda de infecções por Covid-19. Houve quedas também de -0,13% na bolsa de Xangai e -0,51% no SENSEX da Índia. Por outro lado, o Hang Seng de Hong Kong subiu 0,10%, após venda de dívida convertível de empresa de entrega de comida. O Banco do Povo da China manteve sua taxa de juros inalterada pelo décimo segundo mês consecutivo. O iene está se desvalorizando contra o dólar, -0,18%, a ¥/US$ 108,36.

Na Europa, todas as bolsas caem. Há recuos de -1,16% no índice pan-europeu STOXX600, -0,97% no FTSE100 de Londres, -1,37% no CAC40 de Paris e -0,88% no DAX de Frankfurt. A inflação ao produtor na Alemanha veio 0,3-0,4 pp acima do esperado em março, com variação de 0,9% M/M e 3,7% A/A, contra expectativa de 0,6% M/M e 3,3% A/A. No Reino Unido a taxa de desemprego veio abaixo da mediana de projeções (4,9% contra 5,0%), com menor queda do emprego. O euro está se valorizando diante do dólar, +0,12%, cotado a US$/€ 1,2051.

Nos EUA, os índices futuros de bolsas operam em queda, de -0,45% no caso do Dow Jones, -0,42% no S&P500 e -0,39% no NASDAQ. O dólar está operando sem direção única, com o índice DXY recuando -0,02%. Os juros futuros têm leve queda, com o yield da Treasury de 10 anos recuando 1 pb, para 1,596% a.a.. Hoje mais notícias corporativas, como resultados de empresas, possibilidade de maior regulação em alguns setores (como tabaco) e anúncios de novos produtos, devem afetar as bolsas, uma vez que não há dados econômicos relevantes a serem divulgados.

Os preços de commodities destoam das bolsas hoje, operando em sua maioria em alta. O índice geral da Bloomberg sobe 0,58%. Há ganhos de 0,98% no petróleo tipo WTI (negociado a US$ 64,0/barril), 1,79% no cobre (com notícias de redução de oferta na China), 2,21% no ferro, 1,18% na soja, 0,99% no milho e 0,80% no trigo.

No Brasil, ontem o mercado teve um alívio após notícias indicando resolução da questão do orçamento. A solução não é totalmente boa, ao colocar parte considerável de despesas fora do teto e da meta de primário, mas essa parte extra teto e meta não foi ilimitada (caso que poderia ocorrer com decreto de calamidade), sendo contida em R$ 125 bi por projeto de lei aprovado ontem. Hoje deve sair o dado de arrecadação federal, que deve ter recuado de R$ 127 bi em fevereiro para R$ 120 bi em março. O ambiente externo ruim deve afetar a bolsa brasileira, que deve cair. Por outro lado, o alívio na questão fiscal e a queda nos juros americanos devem ajudar o real a se valorizar e os juros futuros brasileiros a recuarem por mais um dia.

Topo