Hoje na Economia – 30/04/2021

Hoje na Economia – 30/04/2021

Os mercados não apresentam um direcional único como denominador, nesta manhã. Bolsas americanas ensaiam realização de lucros após sucessivas altas, enquanto as europeias sobem motivadas por bons resultados corporativos. Na Ásia, novos controles sobre o setor de tecnologia e dados fracos sobre atividade econômica na China azedaram o humor dos investidores locais.

Na Ásia, as bolsas fecharam em baixa. O índice regional de ações, MSCI Asia Pacific, registrou queda de 0,80%. Na China, o setor industrial perdeu fôlego em abril. O índice de gerentes de compras (PMI) da indústria recuou de 51,9 em março para 51,1 em abril, segundo a agência oficial NBS. Analistas esperavam o indicador em 51,6. Em Xangai, o índice Composto apurou perda de 0,81%, com as empresas de tecnologia se ressentindo das novas medidas antitruste impostas por Pequim. O índice Hang Seng caiu 1,97% em Hong Kong. No Japão, o índice Nikkei fechou o dia com perda de 0,83%, enquanto o sul-coreano Kospi perdeu 0,83% em Seul.

Na Europa, as bolsas operam em alta nesta manhã, com investidores repercutindo os balanços corporativos e dados de crescimento da região. Os balanços já divulgados – BNP Paribas; AstraZeneca e Barclays – trouxeram resultados melhores do que os esperados pelos analistas. Contribuiu também para o ânimo dos agentes a divulgação do PIB do 1º trimestre, que se contraiu menos do que o mercado projetava. O PIB recuou 0,6% no período, segunda queda consecutiva, entrando novamente em recessão técnica. As projeções do mercado apontavam para queda de -0,8% no trimestre. No momento, o índice pan-europeu de ações, STOXX600, opera com alta discreta de 0,10%. Em Londres, o FTSE100 sobe 0,30%; o CAC 40 tem leve alta de 0,05% em Paris; em Frankfurt, o DAX sobe 0,50%. O euro é cotado a US $1,2094, desvalorizando 0,24%.

No mercado americano, os índices futuros das bolsas de Nova York operam em baixa nesta manhã, em movimento de realização de lucros após os ganhos nos pregões recentes. A confiança na economia americana foi reforçada pelos sucessivos indicadores de atividade divulgados recentemente, que culminou com o PIB, que cresceu a um ritmo de 6,4% no 1º trimestre. Uma vez que o Fed mantém sua postura dovish, os investidores continuam otimistas com o mercado acionário, em que pese o elevado nível de valorização das ações. No momento, o futuro do Dow Jones recua 0,16%; S&P 500 cai 0,27%; Nasdaq tem queda de 0,32%. O juro do T-Bond de 10 anos subiu 1 ponto base para 1,64% ao ano, enquanto o índice DXY do dólar sobe 0,21%, para 90,80 pontos. Hoje na agenda, serão divulgados os números de renda pessoal e gastos com consumo, bem como a inflação medida pelo deflator dos gastos pessoais (PCE), todos referentes ao mês de março.

Os contratos futuros de petróleo operam em baixa, nesta manhã, com preocupações de que a disseminação da covid-19 na Índia e Brasil comprometa a demanda pela commodity. No momento, o contrato futuro do petróleo tipo WTI para junho é negociado a US$ 64,24/barril, caindo 1,18%.

Na agenda econômica brasileira, o IBGE divulga a taxa de desocupação, apurada pela pesquisa Pnad Contínua. No trimestre terminado em fevereiro, a taxa de desemprego deve atingir 14,6% segundo as projeções do mercado. Será conhecido o resultado fiscal do setor público consolidado de março, enquanto na B3 ocorrerá o leilão da Cedae às 14hs. Expectativa de abertura positiva para a Bovespa e um dia de muita volatilidade para o câmbio, diante da formação da Ptax.

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