Hoje na Economia – 06/05/2021

Hoje na Economia – 06/05/2021

Mercados financeiros operam sem direção única. Ações do setor de saúde caem em diversos países, após os governos de EUA e de países da União Europeia afirmarem serem a favor de quebrar patentes de vacinas e medicamentos contra a Covid-19. Por outro lado, dados de atividade ainda robustos sustentam bolsas e commodities.

Na Ásia, diversas bolsas reabriram após dias de feriados. Isso ajudou o índice Nikkei225 do Japão a subir 1,80%. Por outro lado, a bolsa de Xangai caiu -0,18% mesmo também tendo ficado fechada por dias, com companhias que fabricam vacinas contra Covid-19 recuando mais devido à notícia sobre quebra de patentes.  Houve altas de 0,77% no Hang Seng de Hong Kong e 1,00% no KOSPI de Seul. O índice regional MSCI Asia Pacific subiu 0,7%. O iene está se valorizando diante do dólar, 0,05%, cotado a ¥/US$ 109,16.

Na Europa, a maior parte das bolsas recua. Há quedas de -0,33% no STOXX600, -0,09% no CAC40 de Paris e -0,04% no DAX de Frankfurt. Por ouro lado, o FTSE100 de Londres sobe 0,05%. O euro está se valorizando diante do dólar, +0,34%, cotado a US$/€ 1,2047. As encomendas à indústria na Alemanha vieram acima do esperado, com alta de 3,0% M/M contra expectativa de 1,5% M/M em março. As vendas no varejo na Zona do Euro também surpreenderam para cima, com alta de 2,7% M/M em março, contra mediana de projeções de 1,6% M/M. Hoje ocorre a reunião do Banco da Inglaterra, sem expectativa de mudanças na política monetária altamente expansionista.

Nos EUA, os índices futuros de ações estão em alta no momento, de 0,14% no Dow Jones, 0,17% no S&P500 e 0,31% no NASDAQ. O dólar está perdendo valor contra outras moedas, com o índice DXY caindo -0,30%. Os juros futuros americanos estão subindo levemente, com o yield da Treasury de 10 anos a 1,57% a.a., uma alta de 1 pb. Hoje saem dados de pedidos semanais de seguro desemprego, com expectativa de manutenção no patamar de 550 mil. Ontem o presidente do Fed de Boston, Rosengren, disse que o setor de hipotecas pode não necessitar mais de ajuda do Federal Reserve comprando-as no ritmo atual.

Os preços de commodities sobem, com o índice geral da Bloomberg avançando 0,35%. Há altas de 4,0% no minério de ferro, 1,28% no níquel e 0,99% na soja. Por outro lado, o cobre tem realização de lucros após chegar a nível recorde, com queda de -0,17%. O petróleo também cai, com o barril tipo WTI sendo negociado a US$ 65,36, um recuo de -0,26%.

No Brasil, ontem o Copom tomou decisões que eram em sua maioria esperadas pelo mercado. Houve alta de 75 pb na Selic, para 3,50%, com promessa de alta em ritmo igual na próxima reunião. A questão da normalização parcial da política monetária teve sua importância diminuída, com o comitê ainda afirmando que vê um pouco de estímulo monetário necessário durante a recuperação da economia, porém deixando aberta a possibilidade de realizar uma normalização plena. Não há dados econômicos a serem divulgados hoje. Os juros futuros devem subir nos vencimentos curtos, mas podem cair nos mais longos, com o Copom mais hawkish. O real deve se valorizar contra outras moedas, seguindo o movimento global de divisas e de commodities, e com mais expectativa de carry com juros maiores. A bolsa brasileira deve subir.

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