Hoje na Economia – 19/05/2021

A quarta-feira parece ser um dia de correção na maior parte dos mercados financeiros, com quedas ocasionadas por receios quanto à inflação nos países desenvolvidos.

Na Ásia, o índice regional MSCI Asia Pacific recuou -0,7%, com quedas de -1,28% no Nikkei225 de Tóquio, -0,51% na bolsa de Xangai e -0,58% no SENSEX da Índia. As bolsas de Hong Kong e da Coreia do Sul não abriram hoje devido a feriados. O iene está se desvalorizando diante do dólar, -0,26%, cotado a ¥/US$ 109,18.

Na Europa, todas as bolsas operam em queda, de -1,12% no índice regional STOXX600, -1,00% no FTSE100 de Londres, -0,97% no CAC40 de Paris e -1,30% no DAX de Frankfurt. O euro está se depreciando contra o dólar, -0,11%, cotado a US$/€ 1,2208. A inflação ao consumidor no Reino Unido foi divulgada, ficando em linha com expectativas e subindo 1,5% A/A  no índice cheio e 1,3% A/A no núcleo.

Nos EUA, os índices futuros de ações caem -0,69% no caso do Dow Jones, -0,63% no S&P500 e -1,22% no NASDAQ. Os juros futuros estão subindo, com o yield da Treasury de 10 anos a 1,65% a.a., uma alta de 2 pb em relação a ontem. O dólar está ganhando valor contra todas as outras moedas, com o índice DXY subindo 0,22%. O destaque na agenda de hoje é a ata da reunião do FOMC, com investidores também prestando atenção nas falas de diretores do Fed, Bullard e Quarles, para ver quando o Fed começará a retirar estímulo monetário.

Os preços de commodities operam em queda hoje. Rumores de que um acordo pode ocorrer entre países sobre as sanções sobre o Irã levaram o petróleo tipo Brent a cair -1,95%, cotado a US$ 67,37/barril. A maior parte dos outros preços de commodities também cai, com o índice geral da Bloomberg recuando -1,12%. Há quedas de -1,70% no ferro, -0,65% na soja, -1,15% no trigo e -0,53% no ouro. Por outro lado, há altas de 0,31% no cobre e no níquel.

No Brasil, hoje será divulgado o IPG_M segundo decêndio de maio, com expectativa de aceleração de 1,17% no mês anterior para 2,77%. O relatório da MP da privatização da Eletrobras foi lido ontem na Câmara e é esperado que seja votado hoje. O ambiente global de queda de bolsas e commodities deve prevalecer sobre os ativos brasileiros hoje, levando à queda na bolsa local também. O real deve se depreciar diante do dólar, acompanhando o restante das moedas do mundo. Já os juros futuros devem responder mais aos dados de inflação, devendo subir com maior pressão sobre os preços ao produtor. A ata do FOMC, que sai à tarde, pode mudar o movimento de todos os mercados ao redor do mundo, inclusive o Brasil.