Hoje na Economia – 01/06/2021

Mercados financeiros iniciam o mês com altas nas bolsas e preços de commodities, com otimismo em relação à recuperação econômica global.

Na Ásia, as bolsas fecharam em alta, com o índice regional MSCI Asia Pacific subindo 0,4%. Houve ganhos de 1,08% no Hang Seng de Hong Kong, 0,26% na bolsa de Xangai e 0,56% no KOSPI de Seul. Por outro lado, o Nikkei225 do Japão teve queda de -0,16%. O PMI manufatura da maior parte dos países asiáticos subiu entre abril e maio, com a exceção sendo o PMI japonês, que diminuiu de 53,6 para 53,0, mas ainda melhor que a prévia divulgada há alguns dias (52,5). Na China o PMI manufatura divulgado pela instituição privada Caixin ficou em 52,0 igual à mediana de projeções, e levemente acima do mês anterior (51,9). O iene está se depreciando levemente diante do dólar, -0,04%, cotado a ¥/US$ 109,62.

Na Europa, as bolsas iniciam o mês em forte alta, após dados econômicos surpreenderem positivamente. O índice pan-europeu STOX600 sobe 1,08%, com altas de 1,28% no FTSE100 de Londres (que volta a funcionar após feriado), 0,86% no CAC40 de Paris e 1,42% no DAX de Frankfurt. O euro está se desvalorizando levemente diante do dólar, -0,04%, cotado a US$/€ 1,2222. O PMI manufatura na zona do Euro veio acima da prévia divulgada há alguns dias (63,1 contra 62,8), ficando no maior patamar da série histórica. A taxa de desemprego na Zona do Euro em abril ficou ligeiramente abaixo do esperado (8,0% contra 8,1%), enquanto a inflação ao consumidor ficou maior que as expectativas em maio (2,0% A/A contra mediana de projeções de 1,9% A/A). No Reino Unido o PMI manufatura veio abaixo da expectativa e das prévia (65,6 contra 66,1), mas ainda ficou em patamar elevadíssimo em comparação com a série histórica.

Nos EUA os índices futuros de ações sobem pela manhã, após o feriado de ontem. O Dow Jones sobe 0,52%, o S&P500 0,42% e o NASDAQ 0,38%. O dólar está ganhando valor contra a maior parte das moedas, mas com variação pequena, de -0,04% no índice DXY. Os juros futuros sobem com a perspectiva de maior crescimento, com o yield da Treasury de 10 anos a 1,6181% a.a., uma alta de 2 pb. Hoje sairão índices de gerentes de compras nos EUA também, com o PMI manufatura e o ISM devendo ficar acima de 60 pontos (61,5, e 60,9 nas expectativas do mercado).

Os preços de commodities sobem hoje, com o índice geral da Bloomberg avançando 1,28%. O preço do petróleo tipo WTI avança 2,68%, cotado a US$ 68,11/barril, antes da reunião da OPEP+, que já divulgou suas projeções indicando demanda forte pelo produto no restante do ano e queda de estoques. Há altas também as commodities metálicas, com o ferro subindo 4,31%, o níquel 1,22% e o cobre 0,36%. As commodities agrícolas também têm alta substancial, com a soja subindo 0,72%, o milho 1,18% e o trigo 1,88%.

No Brasil, hoje será divulgado o PIB do 1º trimestre. A mediana de projeções do mercado é de alta de 0,9% T/T, uma desaceleração em relação ao 4º trimestre (3,2%), mas que deve fazer a atividade econômica ficar acima do mesmo período do ano passado (0,5% A/A), alimentando otimismo com as projeções de PIB para o ano de 2021. Já foi divulgado o IPC-S da 4ª semana de maio, que ficou ligeiramente acima do esperado (0,81% contra 0,79%). Mais tarde sairá o dado da balança comercial de maio, que deve ter diminuído o superávit em relação ao mês anterior de US$ 10,3 bi para US$ 9,6 bi, mas ainda estando em patamar muito alto. Hoje os mercados domésticos devem ter dia de alta, acompanhando o mercado global, em especial na bolsa. Os juros futuros devem subir, podendo ter alta substancial caso o PIB surpreenda para cima. O real, por sua vez, deve se valorizar levemente contra o dólar, ajudado pelas commodities, mas atrapalhado pelo movimento global.