Hoje na Economia – 14/06/2021
Em semana de reunião de política monetária do Fed (Fomc), os debates em torno dos riscos inflacionários devem intensificar, alimentando as especulações em torno do momento em que o Fed começará a diminuir o suporte monetário à economia. O Fed, provavelmente, continuará avaliando o atual surto inflacionário como transitório. Ainda que os membros do comitê debatam sobre o ritmo atual de compra de ativos à luz da atual dinâmica da economia, não será agora que se comprometerão com uma data em que começariam a reduzir os estímulos.
Sem grandes fatos que possam movimentar os mercados, nesta segunda-feira, as bolsas operam de lado, com variações modestas. Os índices futuros das bolsas de Nova York apontam para uma abertura em ligeira alta para os mercados à vista. O futuro do Dow Jones sobe 0,06%, no momento; S&P 500 avança 0,12%; Nasdaq valoriza 0,23%. O rali no mercado de treasuries parece ter dado uma parada. O juro do T-Bond de 10 anos encontra-se flutuando em torno de 1,46% ao ano. O índice DXY do dólar, que mede o valor da divisa americana diante de uma cesta de seis moedas fortes, mostra-se estável (-0,02%), enquanto investidores aguardam pelo início da reunião do G7, além da espera pelo Fomc/Fed. O euro é negociado a US$ 1,2115, valorizando 0,05%; a libra vale US$ 1,4082, desvalorizando -0,16%; o iene é negociado a ¥/US$ 109,63, apreciando 0,03%.
Na Ásia, importantes mercados (China, Hong Kong, Taiwan e Austrália) permaneceram fechados por conta de feriado. No Japão, o índice Nikkei subiu 0,74% em Tóquio, impulsionado por ações de transportadoras marítimas e produtos de borracha. Na Coreia do Sul, o índice Kospi fechou o dia com ganho marginal de 0,07%. O índice regional de ações, MSCI Asia Pacific terminou a sessão perto da estabilidade, em dia de liquidez reduzida.
Na Europa, após uma abertura tímida, bolsas da região ganharam força com a divulgação de dados sobre a produção industrial acima do esperado pelos analistas. A produção industrial da zona do euro subiu 0,8% em abril na comparação com março e 39,3% diante de abril do ano passado, quando a atividade praticamente parou por conta dos efeitos da pandemia de covid-19. As projeções do mercado eram de 0,4% m/m e 37,6% a/a. No momento, o índice pan-europeu de ações, STOXX600, sobe 0,25%. Em Londres, o FTSE100 avança 0,40%; o CAC40 tem alta de 0,37% em Paris; em Frankfurt, o DAX valoriza 0,35%.
A expectativa de firme retomada da economia mundial, à medida que avança os esforços globais de vacinação contra a covid-19, vem sustentando a alta do petróleo nas últimas semanas. O contrato futuro do petróleo tipo WTI é negociado a US$ 71,55/barril, com alta de 0,90%, nesta manhã.
No mercado doméstico, o foco nesta semana também se concentrará na política monetária, à espera da decisão do Copom na quarta-feira. Espera-se que o comunicado que acompanha a decisão mude de tom, abrindo espaço para a plena normalização monetária ainda em 2021. No âmbito político, o interesse se concentrará na tramitação da MP da Eletrobrás no Senado. A Bovespa deve continuar se favorecendo do atual quadro positivo, buscando consolidar o patamar de 130 mil pontos antes de novos avanços. No câmbio, a acomodação do dólar no exterior deve favorecer o real nesta segunda-feira, enquanto os DIs devem operar entre margens estreitas à espera do Copom.