Hoje na Economia – 22/06/2021

Mercados financeiros internacionais abrem com ligeira alta na manhã de terça-feira, após discursos de membros do Fed majoritariamente parecerem menos hawkish do que reunião do FOMC da semana passada fez parecer, em especial o testemunho do presidente do Fed, Jerome Powell, deve fazer hoje no Congresso.

Na Ásia, as bolsas fecharam em alta, com o índice regional MSCI Asia Pacific subindo 1,1%, com destaque para o Nikkei225 de Tóquio, que avançou 3,12% hoje, após ter caído -3,29% ontem. Houve alta também de 0,80% na bolsa de Xangai e 0,71% no KOSPI de Seul. Por outro lado, o Hang Seng de Hong Kong recuou -0,63%. O iene está se desvalorizando diante do dólar, -0,13%, cotado a ¥/US$ 110,41.

Na Europa, a maior parte das bolsas opera em alta. O índice pan-europeu STOXX600 sobe 0,02%, com avanços de 0,40% no FTSE100 de Londres e 0,07% no CAC40 de Paris, mas queda de -0,02% no DAX de Frankfurt. O euro está se depreciando diante do dólar, -0,24%, cotado a US$/€ 1,1890. Poucos dados econômicos europeus saem hoje, com o Reino Unido já tendo divulgado o resultado fiscal de maio (que teve déficit menor que esperado, £ 23,6 bi contra expectativa de £ 24,3 bi), e hoje sai a confiança do consumidor na Zona do Euro, que deve ter melhorado de -5,1 para -3,1 em junho.

Nos EUA, os índices futuros de ações operam perto da estabilidade. Há quedas pequenas de -0,01% no Dow Jones, -0,08% no S&P500 e -0,06% no NASDAQ. O dólar está ganhando valor, recuperando-se da queda após o FOMC da última semana, e subindo 0,20% no caso do índice DXY. Os juros futuros, por sua vez, estão em queda, com o yield da Treasury de 10 anos a 1,47% a.a., um recuo de 2 pb em relação a ontem. A agenda econômica de hoje tem poucos dados importantes, com a venda de casas existentes devendo ter recuado pelo quarto mês seguido (-2,2% M/M) em maio e o índice de manufatura do Fed de Richmond devendo ter ficado estável em 18 em junho. Além do testemunho de Powell no Congresso (cujo texto do discurso já foi divulgado), outras duas participantes do FOMC falam hoje (Mester e Daly, essa última votante).

Os preços de commodities estão em queda, mas pequena, de -0,16% no índice geral. O preço do petróleo tipo WTI cai -0,50%, cotado a US$ 73,29/barril, antes de reunião da OPEP+. Há queda também de -1,38% na soja e -0,81% no milho, mas há também altas de 1,74% no níquel, 038% no cobre e 0,64% no trigo. O minério de ferro teve queda forte hoje, de -3,63%, devido a ações do governo chinês para eliminar especulação.

No Brasil o destaque da agenda de hoje é a divulgação da ata da reunião do Copom. Uma mensagem mais hawkish, como ocorreu com o comunicado, pode ter efeito sobre as taxas de juros de mercado, com aumento nos vencimentos curtos e quedas nos longos. Ontem a Câmara dos Deputados aprovou a MP da Eletrobras, que agora aguarda sanção presidencial. Hoje a bolsa brasileira deve ter um dia positivo, com avanço na privatização da Eletrobras e da agenda de reformas. O real, por sua vez, deve depreciar diante do dólar, acompanhando movimento global.