Hoje na Economia – 28/06/2021
As principais bolsas de ações internacionais iniciam a semana operando no vermelho. Investidores cautelosos avaliam as ameaças de disseminação da cepa delta do covid-19 em várias regiões, obrigando os governos a fecharem suas economias, neste momento em que começa a temporada de verão no hemisfério norte. Aguardam também pelos pronunciamentos de dirigentes do Fed previstos para hoje, como pelo relatório de emprego dos EUA, que será divulgado na sexta-feira.
O dólar opera com leve baixa nesta manhã. O índice DXY do dólar situa-se em 91,79 pontos, recuando 0,07%. O juro pago pelo T-Bond de 10 anos flutua em torno de 1,52% ao ano, esperando pelo pronunciamento dos dirigentes do Fed. Investidores esperam por sinais de que o Fed deve retardar a retirada dos estímulos monetários, em que pese os sinais de aceleração da inflação. Os índices futuros das bolsas de Nova York operam sem direcional claro nesta manhã. O futuro do Dow Jones recua 0,08%, enquanto o S&P 500 tem alta modesta de 0,04% e o Nasdaq valoriza 0,20%.
Na Ásia, as bolsas de ações flutuaram entre margens estreitas, com investidor avaliando a força da recuperação econômica global diante de novas ameaças de disseminação da doença causada pela cepa delta do covid-19. O índice regional de ações, MSCI Asia Pacific, após oscilar entre altos e baixos, fechou perto da estabilidade, em dia de liquidez reduzida. Na China, o lucro industrial aumentou 36,4% em maio ante igual mês de 2020, com forte desaceleração em relação a abril, quando os lucros industriais subiram 57% na comparação anual. No mercado de ações, o índice Xangai Composto fechou a sessão desta segunda-feira com queda marginal de 0,03%. O índice acionário japonês Nikkei teve leve perda de 0,06% em Tóquio, enquanto o Hang Seng caiu 0,07% em Hong Kong; o sul-coreano Kospi cedeu 0,03% em Seul. O Taiex, por sua vez, apurou alta de 0,50% em Taiwan. O iene é cotado a ¥ 110,73/US$, com leve valorização de 0,02%.
Na Europa, as bolsas da região operam registrando fortes quedas. O índice pan-europeu de ações, STOXX600, registra queda de 0,32%, no momento. Aumenta a preocupação com a disseminação do vírus delta do covid-19 na região, o que poderia ameaçar a temporada de férias de verão que ora se inicia. Em Londres, o FTSE100 recua 0,41%; o CAC40 perde 0,31% em Paris; em Frankfurt, o DAX tem queda marginal de 0,12%. O euro é negociado a US$ 1,1937, flutuando em torno desse nível, nesta manhã.
Os contratos futuros de petróleo operam mistos e perto da estabilidade na manhã desta segunda-feira. Na semana passada, acumularam ganhos expressivos favorecidos pela expectativa de que a Opep+ decida, na sua reunião desta quinta-feira, promover elevação modesta em sua produção. O contrato futuro do petróleo tipo WTI, para agosto, é negociado a US$ 74,01/barril, recuando 0,05%, no momento.
No mercado brasileiro, o Caged (Cadastro Geral do Emprego e Desemprego) divulga a criação líquida de vagas no setor formal da economia, referente ao mês de maio. Segundo as projeções dos analistas do mercado, em maio foram criados 170,7 mil empregos, contra 120,9 mil em abril. Investidores devem mostrar o desagrado com o pacote fiscal apresentado pelo ministério da Economia na sexta-feira. Com viés populista, busca aliviar os impostos sobre a classe média, compensando com forte aumento da tributação sobre as empresas. A Bovespa deve abrir em queda, não apenas pelo mau humor externo, mas também pelo impacto das medidas fiscais sobre as empresas anunciadas na sexta-feira. No mercado de DIs, as chances de alta de 100 bps no próximo Copom devem continuar majoritárias, enquanto a taxa de câmbio deve operar sem direcional claro, diante de um dólar fraco no exterior e os aumento das incertezas políticas domésticas.