Hoje na Economia – 01/07/2021

Hoje na Economia – 01/07/2021

Mercados operam sem direção única na manhã de quinta-feira, diferenciando países de acordo com o risco de que a variante delta do Covid-19 possa levar a novos lockdowns. Países em que a vacinação é atrasada têm quedas nas bolsas, enquanto países com vacinação avançada têm alta.

Na Ásia, as bolsas fecharam em queda, uma vez que a região está atrasada na vacinação contra Covid-19 e novos surtos da doença aparecem em diversos países. O índice regional MSCI Asia Pacific caiu -0,4%, com recuos de -0,29% no Nikkei225 de Tóquio, -0,07% na bolsa de Xangai, -0,57% no Hang Seng de Hong Kong e -0,44% no KOSPI de Seul. O iene está se desvalorizando diante do dólar, -0,44%, cotado a ¥/US$ 111,60. O relatório Tankan do Japão no 2º trimestre ficou abaixo do esperado, em 14 contra mediana de projeções de 16 para grandes empresas manufatureiras. O índice PMI manufatura Caixin da China, por sua vez, também veio abaixo do esperado, recuando de 52,0 no mês passado para 51,3 em junho, contra mediana de projeções de 51,9.

Na Europa as bolsas operam em alta, com otimismo em relação à reabertura da economia. O índice pan-europeu STOXX600 sobe 0,42%, com avanços de 0,84% no FTSE100 de Londres, 0,49% no CAC40 de Paris e 0,45% no DAX de Frankfurt. O euro está se depreciando levemente diante do dólar, -0,02%, cotado a US$/€ 1,1856. Os índices de gerentes de compras de manufatura na Zona do Euro vieram acima das prévias, em 63,4 contra prévia de 63,1. A taxa de desemprego na Zona do Euro caiu mais que o esperado, de 8,1% para 7,9%, contra mediana de expectativas de 8,0%.

Nos EUA, a maior parte dos índices futuros de bolsas sobe no momento. Há avanços de 0,05% no Dow Jones, 0,01% no S&P500, mas queda de -0,19% no NASDAQ. O dólar está ganhando valor diante da maioria das moedas, com o índice DXY subindo 0,06%. Os juros futuros estão subindo levemente, com o yield da Treasury de 10 anos aumentando menos de 1 pb, para 1,473% a.a.. Hoje saem índices de gerentes de compras nos EUA, com expectativa de acomodação no ISM manufatura (de 61,2 para 60,9). Os pedidos semanais de seguro-desemprego também serão divulgados, e a expectativa é de que voltem a ficar abaixo de 400 mil. De forma geral, o mercado aguarda dados mais importantes que sairão amanhã sobre mercado de trabalho (payroll).

Os preços de commodities operam majoritariamente em alta. O índice geral da Bloomberg avança 1%, com aumento em especial no ferro (1,73%) e no petróleo (1,63% no caso do barril tipo WTI, negociado a US$ 74,67). Hoje ocorre a reunião de ministros da OPEP+, que deve manter os cortes na produção de petróleo.

No Brasil, dados importantes serão divulgados hoje também. O IPC-S da 4ª semana deve ter desacelerado, para 0,51%, contra 0,57% na semana anterior. A balança comercial de junho deve ter mostrado superávit de US$ 11 bi, com nível recorde de exportações (em torno de US$ 29 bi). O dado mais importante a sair hoje deve ser o do CAGED de maio, que deve ter aumentado de 120 mil para 150 mil, segundo a mediana de expectativas coletadas pela Bloomberg. No campo político, o autor da denúncia sobre corrupção na compra de vacinas depõe hoje na CPI da Covid. Os mercados brasileiros devem abrir em alta, ignorando o aspecto político interno em dia de bom humor global. A bolsa deve subir, o real deve se valorizar, mas os juros futuros talvez possam subir também, com aceleração nos dados de crescimento, em especial o CAGED.

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