Hoje na Economia 21/09/2021
Os principais mercados internacionais e os futuros das bolsas de Nova York operam em alta nesta manhã, buscando se recuperar das fortes perdas de ontem. As preocupações de contágio pela crise da imobiliária chinesa Evergrande, em meio às apreensões com a reunião de política monetária do Fed, mantém os investidores na defensiva.
Na Ásia, as bolsas fecharam em baixa pelo segundo dia consecutivo, predominando os temores com o setor imobiliário chinês. O índice regional de ações MSCI Asia Pacific registrou queda de 0,5% no pregão de hoje, com destaque para o recuo da bolsa japonesa, que reabriu após o feriado de ontem. O índice Nikkei caiu 2,17% em Tóquio, pressionado por ações ligadas aos setores de máquinas e siderúrgicos. Em Hong Kong, a bolsa local esboçou reação, fechando em alta moderada. O índice Hang Seng subiu 0,51%, revertendo parte do tombo de ontem (-3,30%). A ação da empresa Evergrande, negociada em Hong Kong, teve baixa de 0,44% hoje, após cair mais de 10% ontem. Os mercados da China, Coreia e Taiwan não operaram por conta de feriado.
Na Europa, o índice pan-europeu de ações, STOXX600, registra alta de 0,90% no momento, buscando se recuperar da queda no pregão de ontem, a maior dos últimos dois meses. Em Londres, o FTSE100 sobe 0,97%; o CAC40 registra ganho de 1,13% em Paris; em Frankfurt, o DAX avança 1,23%.
No mercado americano, os índices futuros das bolsas de Nova York registram altas expressivas, num sinal de melhora no sentimento dos investidores após receio de que a Evergrande de o calote, o que acabou provocando fortes baixas nos mercados acionários globais no dia de ontem. É grande também a expectativa em torno da reunião de política monetária do Fed, que começa hoje e será concluída amanhã, quando se espera por sinais sobre o momento em que se iniciará a redução (tapering) no programa de compra de ativos. O índice futuro do Dow Jones sobe 0,91%, no momento; S&P 500 avança 0,82%; Nasdaq valoriza 0,73%. Os juros das Treasuries operam em alta: o yield do T-Note de 10 anos sobe três pontos base para 1,34% ao ano. O índice DXY do dólar recua 0,13% nesta manhã, revertendo os ganhos de ontem. O euro se valoriza 0,06% ante ao dólar, sendo cotado a US$ 1,1732, enquanto a Libra é negociada a US$ 1,3687, subindo 0,22%. A moeda japonesa deprecia 0,13%, nesta manhã, cotada a ¥ 109,58/US$.
Os contratos futuros de petróleo operam em alta firme nesta manhã, buscando recuperar o terreno perdido pelas quedas de ontem. O contrato futuro do petróleo WTI, para novembro, negociado a US$ 71,35/barril, valorizando 1,51%.
Nos mercados domésticos, a Bovespa deve buscar recuperação diante das perdas de ontem, acompanhando o comportamento das principais bolsas internacionais. Além das preocupações com o front externo – crise da Evergrande e reunião do Fed – investidores seguirão atentos às negociações no Congresso sobre os precatórios, que podem reduzir os riscos fiscais que envolvem o Orçamento de 2022. O real pode se recuperar na sessão de hoje, diante da fraqueza global do dólar, enquanto os juros permanecerão próximos do fechamento de ontem, no aguardo da decisão de política monetária pelo Copom, amanhã.