Hoje na Economia – 30/09/2021
As principais bolsas internacionais operam em alta nesta manhã, mas sem grandes convicções diante das questões em aberto que prejudicam a busca por ativos de risco. A questão do teto da dívida dos EUA e uma possível falta de financiamento para o governo segue preocupando os investidores, que se junta à percepção de que se aproxima o momento em que o Fed dará início a retirada gradual dos estímulos monetários (tapering).
Na Ásia, as bolsas não mostraram um direcional único. O índice regional de ações, MSCI Asia Pacific, fechou com queda marginal de 0,10%, pesando negativamente ações de bens de consumo e comunicação. Na China, o índice Xangai Composto subiu 0,90%, o último pregão antes do feriado nacional de uma semana, que começará amanhã. A agência oficial NBS divulgou o índice de gerente de compras (PMI) do setor industrial chinês, que caiu de 50,1 em agosto para 49,6 em setembro, sinalizando contração da atividade industrial, refletindo a escassez de energia. Por outro lado, o PMI Manufatura, apurado pela Caixin Media, subiu de 49,2 para 50 no mesmo período, indicando estabilização da produção industrial. Na Coreia do Sul, o índice Kospi registrou alta de 0,28% em Seul, bem como o Taiex que avançou 0,47% em Taiwan. Em contrapartida, no Japão o índice Nikkei caiu 0,31% em Tóquio, enquanto o Hang Seng recuou 0,36% em Hong Kong, com queda de 3,91% nas ações de Evergrande, sob boatos que teria deixado de pagar juro sobre outra emissão externa de bônus.
No mercado americano, os índices futuros das bolsas de Nova York operam em alta nesta manhã, após as fortes quedas das ações de tecnologia registradas no Nasdaq na sessão de ontem. O futuro do Dow Jones sobe 0,71% no momento; enquanto o S&P 500 avança 0,68% e o Nasdaq valoriza 0,72%. O juro pago pelo T-Bond de 10 anos recuou um ponto base, para 1,53% ao ano, interrompendo uma sequência de ganhos recentes, em meio à percepção de que o Fed em breve iniciará o tapering. O índice DXY do dólar exibe queda marginal: -0,07%, situando-se em 94,28 pontos, mantendo os ganhos do pregão de ontem, quando foi estimulado pelo avanço dos juros dos Treasuries. No dia de hoje, os investidores deverão monitorar as falas dos dirigentes do Fed, incluindo o presidente Jerome Powell, além da divulgação de indicadores econômicos, incluindo a revisão do PIB do 2º trimestre, que deve mostrar expansão de 6,8% (6,6% na primeira leitura).
Na Europa, os mercados de ações operam em alta dando continuidade à recuperação de ontem, quando foram liderados pela alta das ações de tecnologia. O índice pan-europeu de ações, STOXX600, registra alta de 0,54%, no momento. Em Londres, o FTSE100 sobe 0,56%; o CAC40 avança 0,40% em Paris; em Frankfurt, o DAX tem alta marginal de 0,07%. O euro é negociado a US$ 1,1601/€, com ligeira alta de 0,02%, enquanto a libra vale US$ 1,3459/£, exibindo valorização de 0,24%, no momento.
No mercado de petróleo, o contrato futuro do produto tipo WTI é negociado a US$ 75,08/barril, com alta de 0,31%, nesta manhã. Volta a subir após a queda de ontem, quando o Departamento de Energia (DoE) dos EUA relatou aumento inesperado dos estoques americanos de petróleo em bruto.
Na agenda doméstica, o Banco Central divulga o Relatório Trimestral de Inflação (às 8h), seguido da coletiva de imprensa pelo presidente Roberto Campos Neto (11h). Será mais uma oportunidade de o BC reforçar sua estratégia na condução atual da política monetária. O IBGE divulga a taxa de desemprego do trimestre findo em julho, apurada pela pesquisa PNAD Contínua. Segundo o consenso do mercado, a taxa de desocupação deve ter ficado em 13,9% no período.