Hoje na Economia – 14/10/2021

Hoje na Economia – 14/10/2021

As principais bolsas de ações internacionais operam com altas expressivas, nesta manhã. Investidores buscam ganhos após as perdas recentes, de olho nos resultados corporativos que vêm sendo divulgados, sem descuidar dos riscos representados por uma recuperação econômica global impactada pelos desajustes nas cadeias de suprimentos, altos custos da energia e perspectivas de redução dos estímulos monetários pelos bancos centrais.

Na Ásia, a maioria das bolsas fechou em alta. O índice regional MSCI Asia Pacific valorizou 0,60% no pregão de hoje, impulsionado pelas ações de tecnologia, interrompendo três dias de quedas seguidas. Na China, as pressões de custos no atacado levaram o índice de preços ao produtor (PPI) a acumular alta anual de 10,7% em setembro, a maior alta desde 1996. As maiores pressões vieram do aumento nos preços do carvão e de produtos intensivos em energia. Esse resultado pesou sobre a bolsa de Xangai, onde o índice Composto fechou com queda marginal de 0,10%. No Japão, o índice Nikkei subiu 1,46% em Tóquio, enquanto o sul-coreano Kospi avançou 1,50% em Seul, e o Taiex valorizou 0,24% em Taiwan. Em Hong Kong, não houve negócios devido ao feriado.

Na Europa, as principais bolsas acompanham os mercados asiáticos, registrando expressivos ganhos, onde se destacam as ações de tecnologias e mineradoras, enquanto se espera pelos balanços de importantes bancos que serão divulgados nos EUA. O índice pan-europeu de ações, STOXX600, registra alta de 0,91% no momento. O índice FTSE100 sobe 0,72% em Londres; em Paris, o CAC40 avança 0,73%; o DAX tem alta de 0,71% em Frankfurt.

No mercado americano, os juros dos Treasuries longos interromperam o rali observado ao longo do overnight, com o yield estabilizando em 1,53% ao ano, para o T-Bond de 10 anos. O dólar enfraqueceu frente à cesta de moedas fortes, com exceção diante da moeda japonesa. O euro valoriza 0,24%, sendo negociado a US$ 1,1622/€, enquanto a libra vale US$ 1,3718/£, apreciando 0,37%. O iene é negociado a 113,35 ¥/US$, desvalorizando 0,07%. Na agenda de hoje, serão divulgados novos dados de inflação (PPI), bem como os pedidos de auxílio desemprego, ocorrendo também, ao longo do dia, comentários de dirigentes do Fed. Pelo lado dos balanços, serão conhecidos os resultados de Wells Fargo; BofA; Citi e Morgan Stanley. Enquanto se espera por esses eventos, os índices futuros das bolsas de Nova York operam em alta: o futuro do Dow Jones sobe 0,55%; S&P 500 avança 0,69%; o Nasdaq valoriza 0,87%.

Os contratos futuros de petróleo se valorizam, nesta manhã, estimulados pelo relatório divulgado pela American Petroleum Institute (API) constatando redução dos estoques americanos da commodity. O futuro do petróleo tipo WTI para novembro é negociado a US$ 81.43/barril, com alta de 1,23%, no momento.

Na agenda doméstica de indicadores, o IBGE divulga a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) referente a agosto, que deve mostrar que o volume de serviços aumentou 2,6% em agosto diante de julho e 16,1% diante de mesmo mês de 2020, segundo o consenso do mercado. Ontem na Câmara dos Deputados, foi aprovado o projeto que muda a incidência de ICMS sobre combustíveis e estabelece um valor fixo por litro para o imposto. O projeto segue agora para o Senado. Hoje deve ser um dia positivo para os ativos brasileiros: a Bovespa deve subir e o real se apreciar e os juros futuros operarem em queda.

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