Hoje na Economia – 22/10/2021
Os negócios iniciam esta sexta-feira num clima de otimismo moderado. Notícias de que a imobiliária chinesa Evergrande pagou títulos que venceriam neste final de semana, afastando o risco de um default, injetam um pouco de alento, em uma semana dominada pela divulgação de balanços, em meio a temores quanto à escalada da inflação ameaçando o crescimento global.
Na Ásia, boa parte das bolsas fechou em alta, com sentimento do investidor estimulado por notícias de que Pequim deve adotar medidas para respaldar o combalido setor imobiliário chinês, como também por relatos de que a Evergrande conseguiu honrar o pagamento de dívida que vence neste fim de semana. O índice regional de ações, MSCI Asia Pacific apurou ganho de 0,20% nesta sexta-feira, com destaque para ações de imobiliárias chinesas. Na China, o índice Xangai Composto fechou em queda de 0,34% por conta de queda nas mineradoras; enquanto o Hang Seng subiu 0,42% em Hong Kong, onde a ação da Evergrande valorizou 4,26%. No Japão, o índice Nikkei registrou ganho de 0,34%, enquanto o sul-coreano Kospi teve queda marginal de 0,04% em Seul. Em Taiwan, o índice Taiex fechou perto da estabilidade.
Na Europa, os mercados operam em alta, buscando se recuperar das perdas de ontem, motivadas pela diminuição dos temores quanto a um eventual default da empresa chinesa Evergrande, bem como pela resiliência mostrada pela atividade econômica da região, captada pelos indicadores de atividade divulgados nesta manhã. O índice preliminar dos gerentes de compras (PMI) composto, que engloba os setores industrial e de serviços, caiu de 56,2 em setembro para 54,3 em outubro. Apesar da queda, o indicador continua mostrando que a economia da zona do euro permanece evoluindo em ritmo de expansão elevado, próximos aos recordes recentes. O índice pan-europeu de ações, STOXX600, exibe alta de 0,52%, nesta manhã. Em Londres, o FTSE100 avança 0,37%; o CAC40 valoriza 1,03% em Paris; em Frankfurt, o DAX sobe 0,39%.
Nos EUA, os índices futuros das bolsas de Nova York não mostram um denominador comum. O futuro do índice Dow Jones exibe alta marginal de 0,05%, no momento. O S&P 500 e o Nasdaq, por sua vez, registram quedas de -0,05% e -0,34%, respectivamente, este último refletindo o resultado decepcionante apresentado pelo balanço da Intel, divulgado ontem à tarde. O juro pago pelo T-Bond de 10 anos recuou dois pontos base para 1,68% ao ano, mantendo-se próximo dos níveis mais altos alcançados neste ano. O índice DXY do dólar opera em baixa nesta manhã (-0,13%, situando-se e, 93,64 pontos), à medida que melhora a percepção de risco pela diminuição das preocupações com um default da Evergrande e com o fortalecimento do euro, após os PMIs da zona do euro recuarem menos do que o esperado. O euro é cotado a US$ 1,1635/€, valorizando 0,10%; a libra vale US$ 1,3807/£, apreciando 0,10%. A moeda japonesa é negociada a 113,94¥/US$, valorizando 0,04%. Na agenda de hoje estão previstos pronunciamentos de dirigentes do Fed, com destaque para a participação em evento do presidente do Fed, Jerome Powell, e dados de atividade (PMI) da economia americana.
Os contratos futuros de petróleo operam em alta nesta manhã, após os ajustes de ontem, decorrentes de movimentos de realização de lucros. O contrato futuro do petróleo tipo WTI para dezembro é negociado a US$ 82,82/barril, valorizando 0,39%, no momento.
Os mercados domésticos iniciarão os negócios repercutindo a saída de importantes técnicos do Ministério da Economia, bem como a aprovação, pela comissão especial da Câmara, da PEC dos precatórios, adiando o pagamento das dívidas judiciais do governo e alterando a regra de correção do teto dos gastos. Com isso, busca-se viabilizar o pagamento do Auxílio Brasil, mais o Auxílio Emergencial, no valor de R$ 400 até o final de 2022. Com a confiança no governo abalada, investidores deverão se manter na defensiva no dia de hoje, resultando em bolsa para baixo, juros para cima e câmbio pressionado.