Hoje na Economia – 24/11/2021
Os investidores mostram-se moderadamente otimistas, nesta manhã, levando as bolsas da Ásia e futuros americanos a operarem em baixa, enquanto as bolsas europeias, o dólar e o petróleo se valorizam. Os juros dos títulos soberanos recuam em meio a avaliações sobre os riscos crescentes de aperto monetário, enquanto se espera por dados chaves sobre a economia americana, bem como pela ata da última reunião do Fed/Fomc.
Na Ásia, o sentimento de baixa prevaleceu entre as principais bolsas, uma vez que os juros elevados dos Treasuries continuam pesando sobre as ações de tecnologia. O índice regional de ações, MSCI Asia Pacific, registrou queda de 0,50% no pregão de hoje. No Japão, na volta do feriado, o índice Nikkei contabilizou perda de 1,58% na sessão de hoje. A bolsa japonesa foi influenciada pelas crescentes expectativas em torno da alta de juros nos EUA, ocorrendo mais cedo do que o esperado, após a confirmação de Jerome Powell para o segundo mandato à frente do Fed. Na China, o índice Xangai Composto fechou com alta moderada de 0,10%, com destaque para as ações do setor de consumo, favorecidas pela expectativa de maior demanda com a proximidade da temporada de feriados de fim de ano. Em Hong Kong, o Hang Seng subiu 0,14%, com destaque para queda do setor de tecnologia. Na Coreia do Sul, o índice Kospi terminou o dia com queda discreta de 0,10%, enquanto o Taiex desvalorizou 0,13% em Taiwan.
Os mercados acionários da Europa operam em alta generalizada, buscando se recuperar das fortes quedas observadas no pregão de ontem. A definição da tendência para o dia de hoje também dependerá da agenda econômica, que prevê o índice de sentimentos das empresas da Alemanha, divulgado pelo Ifo, como também discursos de dirigentes do Banco Central Europeu (BCE) e do Banco da Inglaterra (BoE). Por outro lado, os investidores seguem acompanhando o avanço da covid-19 no continente e as possíveis medidas restritivas para impedir o alastramento das infecções. No momento, o índice pan-europeu de ações, STOXX600, opera em alta de 0,43%. Em Londres, o FTSE100 sobe 0,50%; o CAC40 avança 43% em Paris; em Frankfurt, o DAX exibe valorização modesta de 0,12%.
No mercado americano, o juro pago pelo T-Bond de 10 anos recuou três pontos base para 1,63% ao ano. Apesar do recuo ao longo do overnight, permanece em patamar elevado, sustentado pela expectativa de que o Fed antecipará o aperto monetário para combater as pressões inflacionárias. No mercado de câmbio, o dólar sustenta a valorização frente às principais moedas. O índice DXY do dólar sobe 0,10% nesta manhã, situando-se em 96,60 pontos, próximos dos mais elevados níveis dos últimos dezesseis meses. O euro é negociado a US$ 1,1223/€ desvalorizando 0,22%; a libra é cotada a US$ 1,3367/£, perdendo 0,08%; a moeda japonesa vale 115,09 ¥/US$, apreciando 0,07%, no momento. A agenda econômica americana é intensa, envolvendo a divulgação da segunda leitura do PIB do 3º trimestre, a inflação medida pelo PCE e a ata da última reunião de política monetária do Fed. Os futuros das bolsas de Nova York operam em baixa, nesta manhã: o índice futuro do Dow Jones recua 0,13%; S&P 500 cai 0,17%; Nasdaq perde 0,10%.
Os contratos futuros de petróleo operam em alta, nesta manhã. A ação coordenada pelo governo dos EUA junto a outros países, para liberar parte de suas reservas estratégicas para conter a alta dos preços da commodity, teve efeito limitado. O contrato futuro do petróleo tipo WTI é negociado a US$ 78,83/barril, com alta de 0,42%.
No Brasil, em que pese às preocupações com as tratativas em torno da PEC dos precatórios, os dados econômicos que serão divulgados nos EUA bem como a ata da reunião do Fed deverão ditar os rumos dos negócios. As atenções também estarão voltadas para participação do presidente do BC, Campos Neto, em evento online do Bank of America.