Hoje na Economia – 31/01/2022
As principais bolsas internacionais operam sem direcional claro, nesta manhã de segunda-feira. As ações de empresas chinesas de tecnologia são destaque de alta em algumas praças, dando sequência ao clima positivo gerado pelo bom resultado da Apple. O clima de cautela, no entanto, prevalece à medida que os investidores seguem preocupados com as perspectivas de aumento de juros nos EUA e pelos sinais adicionais de enfraquecimento da economia chinesa.
As bolsas da Ásia fecharam em alta seguindo o desempenho positivo de Wall Street na sexta-feira, encerrando o pior mês para os mercados de ações da região desde julho. O índice regional MSCI Asia Pacific apurou ganho de 0,70% na sessão de hoje, com destaque para as ações de tecnologia, como Alibaba e Tecent. No Japão, o índice Nikkei subiu 1,07% em Tóquio, enquanto o Hang Seng teve avanço idêntico em Hong Kong. Os mercados na China, Coreia do Sul e Taiwan permanecerão fechados ao longo da semana devido ao feriado do ano novo lunar. Neste final de semana foram divulgados na China, os indicadores dos gerentes de compras (PMI) de janeiro, tanto o elaborado pela agência oficial NBS como pela Caixin/Markit. O setor industrial evoluiu próximo da estabilidade (registrou 50,1 pela NBS e 49,1 pela Caixin), refletindo o enfraquecimento do setor devido à fraca demanda doméstica, enquanto o setor de serviços permaneceu em expansão (51,1 pelo NBS e 50,3 para o Caixin) mas moderou o ritmo diante dos surtos de covid-19, o que obrigou o fechamento de várias regiões no país
Na Europa, as bolsas locais iniciaram o dia exibindo alta firme. O índice pan-europeu de ações registra ganho de 0,96%, nesta manhã. Em Londres, o FTSE100 sobe 0,28%; em Paris, o CAC40 avança 0,87%; o DAX valoriza 1,22% em Frankfurt. Nesta manhã, serão divulgados os dados de crescimento da zona do euro e de inflação da Alemanha.
No mercado americano, os índices futuros das bolsas de Nova York operam com leve alta, sugerindo que os mercados à vista vão dar sequência à recuperação do pregão da última sexta-feira. Com a absorção dos temores em relação ao aperto monetário pelo Fed, os investidores mostram-se mais animados para voltar às compras. No momento, o índice futuro do Dow Jones registra alta de 0,10%; o futuro do S&P 500 avança 0,22%; Nasdaq valoriza 0,65%. O juro pago pelo T-Bond de 10 anos sobe dois pontos base para 1,79% ao ano, enquanto o T-Note de 2 anos permanece em 1,20% ao ano. O índice DXY do dólar opera em baixa, revertendo parte dos fortes ganhos da semana passada, quando o Fed confirmou que pretende começar a subir os juros em março. No momento, o índice DXY recua 0,24%, para 97,03 pontos, enquanto o euro sobe para US$ 1,1167/€ (+0,13%); a libra avança para US$ 1,3433/£ (+0,24%). Nesta manhã, os investidores deverão acompanhar as manifestações de dirigentes do Fed, enquanto se aguarda o relatório de emprego (payroll) de janeiro que será divulgado na sexta-feira.
Os contratos futuros do petróleo operam em alta, nesta segunda-feira, em meio ao aumento das tensões no Oriente Médio (rebeldes do Iêmen tentaram atacar a Arabia Saudita), bem como pelos riscos de invasão da Ucrânia pela Rússia. O contrato futuro de petróleo WTI para março é negociado a US$ 87,60/barril, subindo 0,91%, no momento.
Na agenda doméstica, o Banco Central divulgará o resultado fiscal consolidado do setor público, referente a dezembro, o que deve mostrar resultado positivo, fechando com superávit fiscal primário o ano de 2021, o primeiro após sete anos de déficits consecutivos. Os fluxos externos devem continuar sustentando a alta do Ibovespa e manter os ganhos recentes do real frente ao dólar. No mercado de juros futuros, os vencimentos mais curtos devem permanecer estáveis à espera do Copom, nesta semana, enquanto os longos devem acompanhar os Treasuries.