Hoje da Economia – 08/05/2019
Edição 2249
08/05/2019
A aversão ao risco permanece influenciando os negócios, nesta manhã. Preocupações com as turbulentas negociações comerciais entre EUA e China levam investidores a buscarem ativos considerados seguros, como ouro e o iene japonês, em detrimento das bolsas e commodities em geral.
Na Ásia, mercados de ações fecharam no vermelho pelo terceiro dia consecutivo, onde além do temor sobre o comércio entre EUA e China, pesaram também os dados sobre a balança comercial chinesa. As exportações chinesas recuaram 2,7% em abril, na comparação anual, contrariando a previsão de alta de 1,8% efetuada pelos analistas. As importações cresceram 4% na mesma base de comparação, ante expectativa do mercado de queda de 2,7%. O superávit comercial da China diminuiu a US$ 13,84 bilhões em abril, bem abaixo da previsão de US$ 33,63 bilhões. A bolsa de Xangai fechou em queda de 1,12%. Na bolsa de Tóquio, o índice Nikkei registrou baixa de 1,46%. Esse desempenho foi resultado, também, de fracos balanços corporativos divulgados e pela apreciação da moeda japonesa. O dólar é negociado a 110,00 ienes, contra 110,29 ienes de ontem à tarde. Em um pregão volátil, iniciando com forte alta, o índice Hang Seng acabou fechando com queda de 1,23% em Hong Kong, ficando no menor nível desde o final de março. O sul-coreano Kospi caiu 0,41% em Seul, enquanto o Taiex teve queda de 0,58% em Taiwan.
Na Europa, bolsas de ações operam entre altos e baixos, sem direcional claro. As tensões comerciais entre EUA e China continuam a influir negativamente no apetite por risco nas praças locais. O índice pan-europeu de ações, STOXX600, opera com queda de 0,26%, nesta manhã. Em Frankfurt, a abertura foi positiva, estimulada pelos bons resultados apresentados pelo Comerzbank, com também pela divulgação da produção industrial da Alemanha, que cresceu 0,5% em março, na comparação mensal, vindo acima da previsão do mercado de queda de 0,5%. No entanto, a alta não se sustentou, e o índice DAX opera com queda de 0,04%, no momento. Em Londres, o FTSE100 recua 0,30%; em Paris, o CAC40 perde 0,13%. O euro é negociado a US$ 1,1199, mantendo-se próximo a US$ 1,1195 de ontem à tarde.
Nas bolsas de Nova York, os contratos futuros dos principais índices operavam sem direcional claro no início da manhã, passando a operar, posteriormente, majoritariamente no vermelho, pressagiando mais um pregão negativo para as ações americanas. O futuro do índice Dow Jones opera com queda de 0,44%; do S&P 500 recua 0,42%; Nasdaq perde 0,50%, no momento. No câmbio, o índice DXY recua ante outras moedas fortes, com queda de 0,11%, situando-se em 97,52 pontos. A T-Note de 10 anos remunera a 2,4351% ao ano, com queda de 0,88%.
No mercado de commodities, o índice Geral de Commodity Bloomberg recua 0,12% nesta manhã. O contrato futuro do petróleo tipo WTI, para junho, é negociado a US$ 61,16/barril, com queda de 0,11%.
Mercados domésticos devem abrir na defensiva, acompanhando o movimento cauteloso dos mercados globais, enquanto se espera por novos lances nas negociações comerciais entre Washington e Pequim. Hoje o Copom anuncia sua decisão de política monetária no final do dia (18h). Não se espera por surpresas: o colegiado deve manter a Selic em 6,5%. No âmbito político, o governo cedeu, criando mais dois ministérios que serão concedidos ao Centrão, no esforço de reforçar o apoio à reforma da Previdência. Hoje, o ministro Paulo Guedes irá, na parte da tarde, à comissão especial da Câmara.