Hoje da Economia – 10/04/2019
Edição 2231
10/04/2019
Investidores começam os negócios, nesta quarta-feira, cautelosos, com bolsas de ações subindo moderadamente, juros das treasuries e dólar estáveis. Alguns motivos para se evitar o risco: FMI cortou mais uma vez sua previsão para o crescimento da economia mundial, projetando o menor crescimento desde a crise financeira de 2008/2009; o presidente Trump redirecionou sua bateria protecionista para União Europeia, se envolvendo em nova disputa tarifária.
Na Ásia, bolsas da região operaram sem direção única. O índice regional de ações, MSCI Asia Pacific, fechou com queda de 0,2%. Na China, o índice Xangai Composto teve valorização marginal de 0,07%, com ações de consumo sustentando a alta. No Japão, o Nikkei caiu 0,53% em Tóquio, onde o iene manteve a apreciação ante o dólar. No momento, o dólar opera estável ante a moeda japonesa, a 111,13 ienes, ante o fim da tarde de ontem. Em Hong Kong, o índice Hang Seng fechou em leve baixa de 0,13%; o sul-coreano Kospi subiu 0,49% em Seul; o Taiex avançou 0,15% em Taiwan.
Na Europa, a maior parte das bolsas europeias opera no azul, em dia de muita movimentação. Investidores de olho na decisão de política monetária do Banco Central Europeu (BCE), que não deverá trazer novidades segundo o consenso do mercado. Atenção também para reunião de emergência da autoridade da União Europeia (UE) para discutir um novo pedido do Reino Unido de mais prazo para o Brexit. Investidores acompanham também o novo embate comercial entre EUA e UE. O presidente Donald Trump confirmou planos de tarifar US$ 11 bilhões em importações europeias, em retaliação a subsídios concedidos à fabricante de aviões Airbus. No momento, o índice pan-europeu de ações STOXX600 opera com alta de 0,20%; em Londres, o FTSE100 flutua em torno da estabilidade; em Paris, o CAC40 sobe 0,37%; o DAX tem valorização de 0,41% em Frankfurt. O euro é cotado a US$ 1,1275, subindo em relação ao valor de US$ 1,1266 de ontem à tarde. A libra sobe a US$ 1,3076 de US$ 1,3055 no fim da tarde de ontem.
No mercado americano, mercados operam sem grandes movimentações à espera da divulgação dos dados de inflação ao consumidor (CPI), nesta manhã, bem como da ata da reunião do Fed/Fomc do mês passado. Segundo as projeções do mercado, o índice cheio do CPI deve ter subido 1,8% em março, na comparação anual, enquanto o seu núcleo (Core CPI) deve ter alta de 2,1%. Os futuros dos principais índices de ações de Nova York apontam para uma alta moderada na abertura dos negócios: o futuro do índice Dow Jones sobe 0,13%; do S&P 500 avança 0,16%; Nasdaq ganha 0,13%. O juro da Treasury de 10 anos encontra-se em 2,4916%, com recuo de 0,19%; enquanto o índice DXY perde 0,06%, no momento.
No mercado de petróleo, os contratos futuros do produto tipo WTI sustentam a alta recente. O barril é negociado a US$ 64,41, com alta de 0,67%, nesta manhã, se beneficiando dos dados inconclusivos sobre os estoques americanos divulgados pela American Petroleum Institute.
No mercado doméstico, destaque para a divulgação do IPCA de março, que deve mostrar alta de 0,63% (0,43% em fevereiro), segundo o consenso do mercado. Essa alta, que levará o acumulado em 12 meses a 4,44%, superando o centro da meta de inflação, deverá ser resultando de pressões localizadas em alimentos e combustíveis.