Hoje da Economia – 14/03/2019
Edição 2212
14/03/2019
Mercados de ações, nas principais praças internacionais, operam sem direcional claro, nesta quinta-feira. Investidores sopesam dados americanos mostrando atividade forte e inflação fraca, enquanto os indicadores de produção e vendas decepcionam na China. Na Europa, permanece o impasse sobre o Brexit.
Na Ásia, dados divulgados na China mostram sinais adicionais de enfraquecimento da segunda maior economia do mundo. A produção industrial subiu 5,3% no bimestre janeiro/fevereiro na comparação a igual período do ano passado, enfraquecendo em relação a dezembro, quando cresceu 5,7%. As vendas no varejo, por sua vez, tiveram expansão anual de 8,2% no primeiro bimestre, mantendo-se estável em relação ao crescimento anual de dezembro, vindo em linha com a expectativa dos economistas. O índice Xangai Composto caiu 1,20%, na sessão de hoje. Em Hong Kong, o Hang Seng teve leve alta de 0,15%. Já em Tóquio, o Nikkei registrou baixa marginal de 0,02%, apesar do enfraquecimento do iene diante do dólar ao longo do pregão. No momento, o dólar é cotado a 111,71 ienes, contra 111,11 ienes de ontem à tarde. Em Seul, o índice Kospi subiu 0,34%, enquanto em Taiwan, o Taiex teve baixa de 0,24%. O índice regional de ações MSCI Asia Pacific fechou o dia com queda de 0,30%.
Na Europa, bolsas de ações iniciam o dia em alta moderada, enquanto os investidores acompanham os desdobramentos do Brexit, que deve caminhar para momentos decisivos, após as derrotas que o governo colheu no Parlamento, nos últimos dias. A libra avança levemente diante do dólar: cotada a US$ 1,3260 de US$ 1,3258 de ontem à tarde. No mercado de ações, o índice pan-europeu STOXX600 opera com alta de 0,68%, nesta manhã. O FTSE100 sobe 0,46% em Londres; o CAC40 avança 0,75% em Paris e em Frankfurt, o DAX registra ganho de 0,50%. O euro troca de mãos a US$ 1,1313, recuando ante o valor de US$ 1,1337 de ontem à tarde.
No mercado americano, a bolsa de Nova York parece que não deve sustentar o patamar atingido ao longo do pregão de ontem, conforma indica o comportamento dos futuros dos principais índices de ações, nesta manhã. O futuro do Dow Jones cai 0,02%; o S&P 500 futuro recua 0,01%; Nasdaq avança 0,11%. O juro pago pela Treasury de 10 anos encontra-se em 2,635% ao ano, subindo em relação ao yield de 2,606% de ontem à tarde. O índice DXY sobe 0,10%. Refletindo a valorização do dólar diante das moedas fortes, principalmente diante da divisa japonesa.
Os contratos futuros de petróleo operam em alta discreta nesta manhã, refletindo os dados favoráveis sobre os estoques dos EUA, que mostraram forte queda nos volumes armazenados de petróleo e combustíveis. No momento, o contrato futuro do produto tipo WTI para abril é negociado a US$ 58,54 (+0,05%).
Fracos dados econômicos divulgados na China, incertezas pesando nos mercados europeus por conta do Brexit e abertura moderada apontada pelos futuros de ações de Nova York não permitem uma aposta firme quanto ao desempenho da Bovespa no dia de hoje. Sinais de progressos contundentes na tramitação da reforma da Previdência na Câmara poderiam gerar estímulos necessários para que a Bovespa rompa a barreira dos 100 mil pontos, no pregão desta quinta-feira.