Hoje da Economia – 17/04/2019
Edição 2236
17/04/2019
Dados mais positivos sobre atividade econômica na China dão tom um pouco mais otimista para os negócios no dia de hoje. O PIB cresceu 6,4% no 1º trimestre (consenso 6,3%), contra 6,4% no 4T18. A produção industrial se expandiu 8,5% em março, bem acima da projeção de ganho de 6% prevista pelos analistas. Já os investimentos em ativos fixos de áreas não rurais aumentaram 6,3%, em linha com o consenso do mercado.
A percepção de que a política de estímulos de Pequim vem impedindo uma maior desaceleração da economia favoreceu os preços das commodities. O índice Geral de Commodity Bloomberg sobe 0,43% no momento. O contrato futuro do petróleo tipo WTI é negociado a US$ 64,47/barril, com alta de 0,66%. O minério de ferro, por sua vez, negociado na China fechou no menor nível em uma semana, após a Vale obter na Justiça autorização para retomar as operações na mina Brucutu (MG).
Na Ásia as principais bolsas da região fecharam em alta nesta quarta-feira. Na China, o índice Xangai Composto subiu 0,29%, renovando a máxima em 13 meses, com destaque para o bom desempenho das ações do setor automotivo. No Japão, o índice Nikkei se valorizou 0,25% em Tóquio, atingindo o maior nível em quatro meses. A moeda japonesa opera relativamente estável diante do dólar, sendo cotada a 112,02 ienes (-0,02%). Em Taiwan, o Taiex subiu 0,64%, enquanto o Hang Seng terminou o dia em baixa marginal de 0,02% em Hong Kong. O sul-coreano Kospi teve leve queda de 0,12% em Seul.
Na Europa, mercados de ações operam sem direção única. O índice pan-europeu de ações STOXX600 tem queda marginal de 0,07%, no momento. Em Londres, o FTSE100 opera pouco acima da estabilidade (+0,02%), enquanto o CAC40 de Paris e o DAX de Frankfurt registram altas de 0,21% e 0,08%, respectivamente. A inflação anual da zona do euro desacelerou para 1,4% em março de 1,5% em fevereiro, vindo em linha com as expectativas do mercado. O núcleo da inflação ao consumidor ficou em 0,8% na comparação anual, como previsto. O euro manteve a alta em torno de 0,20% em relação ao dólar, sendo cotado a US$ 1,1308. Já a libra se enfraqueceu após a divulgação da inflação ao consumidor britânico que ficou em 1,9% em março, ante a expectativa de 2%. A libra recuou para US$ 1,3045 de US$ 1,3051 do fim da tarde de ontem.
No EUA, investidores iniciam os negócios mais aliviados com os dados chineses, mas aguardam a divulgação do Livro Bege (às 15hs), que deve trazer informações mais atualizadas sobre a atual dinâmica da economia americana. O yield do T-Bond de 10 anos subiu para 2,605%, atingindo o maior nível em quatro semanas. O índice DXY, que acompanha o valor do dólar frente a uma cesta de moedas fortes, recuou para 96,88, implicando em desvalorização de cerca de 0,20% da moeda americana. Os futuros de ações não apontam para uma abertura firme de alta para a bolsa de Nova York. No momento, o contrato futuro do índice S&P 500 sobe discretos 0,05%.
Os dados mais positivos divulgados na China, atenuando os temores de uma desaceleração da economia global, devem impactar positivamente o desempenho da Bovespa no dia de hoje. O retorno das operações da mina de Brucutu, da Vale, deve chamar atenção dos investidores, bem como as preocupações com a independência da Petrobrás quanto sua política de preços de combustíveis. No front político, as atenções permanecem na CCJ da Câmara que deve votar o parecer do relator no dia de hoje. Mas a desarticulação política da base governista começa a preocupar.