Hoje em Economia – 16/10/2019

Hoje em Economia – 16/10/2019

Hoje na Economia

Edição 2362

Sem deixar de lado as preocupações com a disputa comercial entre EUA e China, investidores,
nesta quarta-feira, acompanham as negociações entre Reino Unido e União Europeia em torno
de eventual acordo sobre o Brexit, bem como avaliam os balanços corporativos que devem ser
divulgados hoje.
Na Ásia, as bolsas locais acompanharam o desempenho dos mercados de ações de Nova York,
que ontem exibiram sólidos ganhos, impulsionados por balanços trimestrais melhores do que o
esperado. O índice regional de ações MSCI Asia Pacific encerrou o pregão de hoje com ganho de
0,6%. Em Tóquio, o índice Nikkei apurou ganho de 1,20%, enquanto o Hang Seng avançou
0,61% em Hong Kong. O Taiex teve valorização de 0,46% em Taiwan. O sul coreano Kospi
subiu 0,71% em Seul, enquanto o Banco Central da Coreia do Sul cortou o juro básico em 25
pontos-base, nesta quarta-feira, a 1,25%. Na China, os negócios foram pressionados por
incerteza políticas e comerciais. O governo chinês afirmou que tomará medidas retaliatórias
caso o Congresso americano insista em aprovar lei exigindo maior autonomia política a Hong
Kong para manter o status especial de parceiro comercial dado à China. O índice Xangai
Composto fechou o dia com queda de 0,41%.
Na Europa, investidores avaliam as chances de o Reino Unido e a União Europeia fecharem um
acordo sobre o Brexit, cuja data limite de implementação é 31 de outubro. A libra esterlina se
enfraquece diante dos temores de que as partes não consigam chegar a um acordo antes
daquela data. A moeda britânica é negociada a US$ 1,2735 neste momento, contra US$ 1,2782
no fim da tarde de ontem. O euro é cotado a US$ 1,1039, pouco acima do valor de US$ 1,1031
do final de terça-feira. O índice de preços ao consumidor (CPI) da zona do euro subiu 0,80% na
comparação anual de setembro (1,0% em agosto), vindo abaixo das projeções do mercado
(0,9%). O resultado de setembro é o menor desde novembro de 2016, ficando mais longe da
meta do Banco Central Europeu (BCE), que é uma taxa em torno de 2% anuais. No mercado de
ações, o índice pan-europeu de ações, STOXX600, recua 0,25%, no momento. Em Londres, o
FTSE100 perde 0,44%; o CAC40 cai 0,31% em Paris, mas o DAX sobe 0,10% em Frankfurt.
No mercado americano, as principais bolsas de ações de Nova York devem abrir em queda,
seguindo a indicação dos principais índices futuros, como o Dow Jones que cai 0,24% no
momento; do S&P 500 que recua 0,24% e o Nasdaq que perde 0,20%. Esse mau humor é
acentuado pela nova crise com os chineses que se delineia no horizonte, com as exigências de
garantir maior autonomia a Hong Kong para manter o status especial de parceiro comercial
dado à China. Há também expectativas positivas em torno dos balanços trimestrais que serão
conhecidos no dia de hoje, com destaque para o Bank of America Merrill Lynch (BoF). O juro
pago pelo T-Bond de 10 anos situa-se em 1,7221% ao ano, com queda de 2,76%. O índice DXY
mostra fracas oscilações nesta manhã, refletindo certa estabilidade do dólar ante as principais
moedas. Na agenda, serão conhecidos os números sobre as vendas no varejo americano, que
devem ter subido 0,3% em setembro se comparadas a agosto. O Fed divulga o Livro Bege às
15h, contendo avaliação atualizada sobre a conjuntura econômica americana.
No mercado de petróleo, os contratos futuros de petróleo operam em alta marginal, no
momento, ensaiando uma recuperação após as quedas recentes. O contrato futuro do petróleo
tipo WTI para novembro é negociado a US$ 53,04/barril, com alta de 0,42%.
O mercado doméstico abre com a notícia da aprovação do projeto de cessão onerosa ontem à
noite no Senado, seguindo para sanção presidencial. A votação em segundo turno da PEC da
Previdência deve ocorrer no próximo dia 22. Na agenda econômica, a FGV divulga o IGP-10 de
outubro, que deve ter subido 0,75% no mês (-0,29% em setembro), acumulando alta de
2,95% em doze meses.

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