Hoje em Economia – 18/10/2019
Hoje na Economia
Edição 2364
Dados fracos de atividade econômica divulgados na China, alimentando o temor de
desaceleração global, dão o tom pessimista para os negócios no dia de hoje. O PIB chinês
cresceu 6,0% no 3o trimestre (consenso 6,1%), contra 6,2% no 2T19, se constituindo no ritmo
mais lento de crescimento da economia chinesa desde 1992. Outros indicadores chineses foram
mais favoráveis: a produção industrial subiu 5,8% em setembro em relação ao mesmo mês de
2018, enquanto as vendas do comércio aumentaram 7,8%, na mesma base de comparação.
Ambos os dados vieram ligeiramente acima das previsões dos analistas.
Enfraquecimento da economia da China pesou sobre os negócios na Ásia, onde a maioria das
bolsas fechou em baixa. O índice regional de ações, MSCI Asia Pacific apurou queda de 0,2%,
no pregão de hoje. Na China, o índice Xangai Composto caiu 1,32%, enquanto o Hang Seng
teve queda de 0,48% em Hong Kong. No Japão, o índice Nikkei foi exceção, encerrando o dia
com alta modesta de 0,18% em Tóquio. O sul-coreano Kospi caiu 0,83% em Seul; já o Taiex
registrou ligeira baixa de 0,06% em Taiwan. O dólar é negociado a 108,65 ienes, próximo ao
valor de 108,63 ienes de ontem à tarde.
Na Europa, as bolsas não mostram um denominador comum. Operam em meio às incertezas
sobre a aprovação do novo acordo de Brexit pelo Parlamento britânico, previsto para amanhã, e
os fracos resultados sobre a economia chinesa divulgados nesta madrugada. A libra esterlina
segue em alta, sendo negociado a US$ 1,2900, contra US$ 1,2891 do final de quinta-feira.
Neste momento, o índice de ações STOXX600 recua 0,15%; a bolsa de Londres cai 0,20%; a de
Paris tem queda de 0,49%; em Frankfurt, bolsa local opera com alta moderada de 0,04%. O
euro é cotado a US$ 1,1130 de US$ 1,1127 de ontem à tarde.
Os índices futuros das bolsas de Nova York também operam em baixa, nesta manhã,
influenciados pela percepção da crescente fragilização da economia chinesa em meio à guerra
comercial. No momento, o futuro do Dow Jones recua 0,04%; o S&P 500 sai do campo negativo
e mostra ligeira alta de 0,02%; Nasdaq ainda recua 0,10%. O yield da Treasury de 10 anos
sobe 0,71%, situando-se em 1,7641%, enquanto o dólar não mostra tendência clara, com o
índice DXY flutuando em torno da estabilidade, a 97,52 pontos. A moeda americana recua
frente às moedas emergentes em geral, mas em especial diante da lira turca, após o acordo de
cessar fogo na Síria fechado entre EUA e Turquia.
Os contratos futuros do petróleo operam em alta, nesta manhã, recuperando-se após as quedas
observadas ao longo da madrugada, decorrente dos fracos dados econômicos chineses. No
momento, o contrato futuro do petróleo tipo WTI para novembro é negociado a US$
54,29/barril, com alta de 0,67%.
No mercado doméstico, o enfraquecimento da economia chinesa e a crise política instalada no
ninho do poder compõem o cenário para hoje. A Bovespa não deve mostrar direcional claro, à
semelhança dos futuros de ações americanos. A redução das tensões geopolíticas na Síria e
com o Brexit pode ajudar o real ganhar espaço ante ao dólar, enquanto a curva de juros futuros
deve mostra fracas oscilações em torno dos níveis atuais.