Hoje na Economia – 01/06/2020

Hoje na Economia – 01/06/2020

Mercados começam os negócios nesta segunda-feira divididos. Bolsas asiáticas e europeias registram valorizações, enquanto os futuros de ações americanos operam em queda. Investidores permanecem focados na reabertura de importantes economias, alimentando a expectativa de retomada do crescimento da economia global. Notícias veiculadas nesta manhã, de que a China teria suspendido as importações de alguns produtos agrícolas dos EUA, incluindo soja, engrossando as tensões entre as duas potências, podem empurrar os investidores para a defensiva ao longo do dia. Há preocupação também com as turbulências políticas nos EUA.

As bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em alta, nesta segunda-feira. O índice regional de ações, MSCI Asia Pacific, apurou ganho de 1,70% no pregão de hoje. Favoreceu a postura menos agressiva de Donald Trump em relação à China diante das tensões em torno de Hong Kong, como também a divulgação de dados mostrando recuperação do setor manufatureiro chinês. O índice de gerente de compras (PMI) industrial do país subiu de 49,4 em abril para 50,7 em maio, atingindo o maior nível em quatro meses, indicando que o setor voltou a se expandir após o impacto do coronavírus. Em Xangai, o índice Composto registrou ganho de 2,21%, no dia de hoje, enquanto o Hang Seng teve forte desempenho, fechando o dia com alta de 3,36%. No Japão, o índice Nikkei se valorizou 0,84% em Tóquio; na Coreia do Sul, o Kospi subiu 1,75% em Seul; o Taiex avançou 1,25% em Taiwan. No mercado de câmbio, a moeda japonesa se valoriza 0,16%, sendo o dólar cotado a 107,65 ienes, no momento.

Após essas notícias da China, os índices futuros das bolsas de Nova York passaram a cair, revertendo os ganhos observados ao longo da madrugada. No momento, o futuro do Dow Jones recua 0,14%; S&P 500 perde 0,21%; Nasdaq registra queda de 0,46%. O juro pago pelo T-Bond de 10 anos sobe 1,0%, situando-se em 0,6591% ao ano. O índice DXY do dólar, que segue o valor da moeda americana diante de uma cesta de seis moedas fortes, recua 0,39%, situando-se em 97,96 pontos, refletindo a apreciação do euro e do iene. Na agenda, será divulgado o ISM-manufatura de maio, que deve mostrar que a contração no setor vem perdendo força lentamente. O índice deve atingir 43,7 segundo as projeções, de 41,5 em abril.

Na Europa, após uma abertura vigorosa, as bolsas da região reduziram ganhos após a divulgação do índice de gerentes de compras (PMI) industrial, que mostrou uma alta pouco menor do que o esperado na leitura final de maio. O PMI industrial da zona do euro subiu da mínima recorde de 33,4 em abril para 39,4 em maio, ficando ligeiramente abaixo das estimativas do mercado (39,5). O índice pan-europeu de ações, STOXX600, opera com alta de 0,70%, nesta manhã. Em Londres, o FSE100 sobe 1,10%; o CAC 40 avança 1,12% em Paris. O euro é negociado a US$ 1,1110, com alta modesta de 0,08%, no momento.

Os contratos futuros de petróleo operam em baixa nesta manhã, num possível movimento de realização de lucros após os ganhos da semana passada. O contrato futuro do petróleo tipo WTI, para julho, recua 0,82%, sendo negociado a US$ 35,20/barril.

No mercado doméstico, os investidores continuarão acompanhando as turbulências políticas internas, sem perder de vista os movimentos entre as duas principais economias do mundo, o que aponta para a continuidade de um quadro volátil. A taxa de câmbio deve ficar girando em torno de R$ 5,50/US$ num contexto de forte volatilidade. Nos juros, as apostas no Copom deste mês devem convergir para um corte de 0,75 pp na Selic, enquanto as taxas médias e longas devem permanecer reféns de uma ambiente incerto.

Topo