Hoje na Economia – 01/06/2022
A abertura das principais bolsas internacionais sugere um dia positivo à medida que tanto os futuros americanos como a Europa exibem altas moderadas, nesta manhã. Prevalece certa cautela, o que impõe volatilidade entre os ativos de risco, diante das preocupações com a alta inflacionária e o crescimento da economia global.
Na Ásia, as bolsas fecharam mistas no pregão de hoje, mas terminaram assegurando ganhos pelo terceiro dia consecutivo. Notícias de que a China vem conseguindo controlar a disseminação do covid-19 em Xangai e Pequim e atividade industrial chinesa com sinais de recuperação sustentaram certo otimismo entre os investidores, que permanecem preocupados com a inflação global. O índice regional de ações, MSCI Asia Pacific, registrou alta de 0,20% na sessão de hoje. Na China, o índice dos gerentes de compras (PMI) de maio, apurado pela Caixin, subiu de 46 pontos em abril para 48,1 em maio, indicando redução na contração da atividade fabril. O índice Xangai Composto recuou 0,13%, enquanto o Hang Seng, de Hong Kong, registrou queda de 0,56%. No Japão, o Parlamento aprovou orçamento de US$ 21 bilhões para combater o aumento de preços de combustíveis e alimentos gerados pela guerra da Rússia e Ucrânia. Em Tóquio, o índice Nikkei fechou com alta de 0,65%. Em Taiwan, o Taiex teve baixa de 0,79%. Os mercados sul-coreanos permaneceram fechados por conta de feriado.
Na Europa, as bolsas operam sem direção única, diante de sinais de que a atividade econômica da região vem perdendo força em meio a debates sobre a necessidade de aperto monetário severo para combater a alta da inflação. O índice de gerente de compras (PMI) da indústria da zona do euro cai a 54,6 em maio, de 55,5 em abril, atingindo o menor patamar em 18 meses. O índice pan-europeu de ações, STOXX600, exibe queda moderada de 0,13%, neste momento, no que é acompanhado pela bolsa de Londres, onde o FTSE100 recua modestos 0,06%. Em Paris e em Frankfurt, o CAC40 e o DAX exibem altas e 0,29% e 0,39%, respectivamente.
No mercado americano, os juros dos Treasuries operam em alta, mas sem muita convicção, enquanto os investidores aguardam por mais sinalização do Fed acerca do processo de aperto monetário. O juro pago pelo T-Bond de 10 anos subiu dois pontos base, para 2,86% ao ano. O dólar avança frente aos seus principais parceiros, estendo os ganhos recentes. O índice DXY do dólar sobe 0,24%, a 101,99 pontos. O euro desvaloriza 0,11%, cotado a US$ 1,0722/€; a libra é negociada a US$ 1,2591/£ depreciando 0,09% e o dólar sobe a 129,33 ienes. Hoje a agenda contempla discursos de vários dirigentes do Fed e do Banco Central Europeu (BCE), em evento virtual onde participarão presidentes de outros bancos centrais. Serão divulgados dados sobre o mercado de trabalho privado (relatório ADP) e o Livro Bege, contendo avaliação conjuntural de doze distritos do Fed. Enquanto se espera pelas manifestações dos dirigentes dos bancos centrais, os futuros das bolsas de Nova York tentam se manter no campo positivo. O índice Dow Jones sobe 0,37%; S&P 500 tem alta modesta de 0,11% e o Nasdaq exibe valorização de 0,21%.
Os contratos futuros do petróleo operam em alta nesta manhã. Reagem a notícias de que a Opep+ poderá excluir a Rússia do grupo em retaliação à guerra na Ucrânia, como também acompanham as tratativas em torno do embargo de petróleo russo pela União Europeia. No momento, o contrato futuro do petróleo WTI é negociado a US$ 116,68, alta de 1,74%.
Com a agenda doméstica tomada por questões políticas relativas à campanha eleitoral, o investidor deve dar mais peso aos ventos favoráveis que começam a soprar da China, gerando um ambiente um pouco melhor para os emergentes. Os ativos domésticos podem se favorecer do quadro internacional menos arriscado, mas sujeito às oscilações diante dos dados americanos e manifestações dos dirigentes dos bancos centrais.