Hoje na Economia – 01/07/2020

Hoje na Economia – 01/07/2020

Mercados operam entre altos e baixos, nesta manhã. Após encerrar o melhor trimestres para ações em décadas, investidores avaliam o fôlego para novos ganhos diante de sinais de recuperação da economia global, ao lado da ameaças de recrudescimento da pandemia em várias regiões do globo.

Na Ásia, dados confirmando que a atividade industrial chinesa vem superando o choque causado pela epidemia do coronavírus impulsionaram os mercados da região. Na China, o Xangai Composto subiu 1,38% no pregão de hoje, favorecido pela divulgação, pela IHS Markit, do índice de gerentes de compras (PMI) da indústria chinesa que subiu de 50,7 em maio para 51,2 em junho, indicando que a manufatura chinesa vem expandindo em ritmo forte. No Japão, o índice Nikkei caiu 0,75% em Tóquio, à medida que o iene se recuperou após atingir a mínima em três semanas ante o dólar. O dólar é cotado a 107,52 ienes, contra 107,95 ienes de ontem à tarde. Na Coreia do Sul, o índice Kospi teve baixa marginal de 0,08% em Seul, enquanto o Taiex subiu 0,77% em Taiwan. Mercados em Hong Kong permaneceram fechados por conta de feriado. O índice regional de ações, MSCI Asia Pacific fechou próximo da estabilidade.

As bolsas europeias operam sem um direcional único, mostrando elevada volatilidade desde a abertura. Com a divulgação dos índices de gerentes de compras (PMI) industriais da Alemanha e da Zona do Euro, que vieram acima das expectativas, as bolsas locais mostraram um pouco mais de força. O índice intercontinental, STOXX600, opera com alta de 0,54%, no momento. Em Londres, o FTSE100 sobe 0,17%; já o CAC40 tem perda discreta de 0,05% em Paris. Em Frankfurt, o DAX opera com alta de 0,66%. O PMI manufatura da zona do euro subiu de 39,4 em maio para 47,4 em junho, atingindo o maior nível em quatro meses. Na Alemanha, o PMI manufatura subiu de 36,6 em maio para 45,2 em junho. O euro é negociado a US$ 1,1223, nesta manhã, contra US$ 1,1237 no fim da tarde de ontem.

No mercado americano, os índices futuros das bolsas de Nova York operam em leve baixa, não permitindo uma aposta firme quanto ao desempenho dos mercados à vista na abertura de hoje. O índice futuro do Dow Jones recua -0,08%, no momento; S&P 500 cai -0,02%; Nasdaq perde -0,04%. Os juros das Treasuries de mais longo prazo operam em alta na esteira de dados positivos da China e Alemanha e à espera de indicadores de emprego e manufatura nos EUA. O juro pago pelo T-Bond de 10 anos encontra-se em 0,6824% ao ano, com alta de 4,01%. O índice DXY do dólar tem queda marginal de 0,04%, situando-se em 97,35 pontos. Hoje será conhecido o desempenho do emprego no setor privado em junho, apurado pela ADP, que deve mostrar a criação líquida de 2,9 milhões de novos postos de trabalho no período. Será conhecido também o ISM-manufatura, também de junho, que deve mostrar recuperação, subindo de 43,1 em maio para 49,7 em junho.

Os contratos futuros de petróleo operam em alta, nesta manhã, refletindo a pesquisa da American Petroleum Institute (API) que mostrou queda nos volumes estocados nos EUA, na última semana. O contrato futuro do petróleo tipo WTI, para agosto, é negociado a US$ 40,98/barril, com alta de 3,08%.

A percepção de que as principais economia estão superando o choque causado pela pandemia, fato esse reforçado pelos bons números divulgados na China e na Europa nesta manhã, devem dar fôlego para novos avanços do Ibovespa. Na agenda doméstica,saem dados importantes para o câmbio, como o fluxo no mês de junho e a balança comercial, que no período deve ter apurado superávit de US$ 7,1 bilhões, segundo as projeções do mercado. O real pode ganhar força ante ao dólar diante do ambiente mais favorável ao risco, enquanto os juros futuros devem seguir em baixa.

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