Hoje na Economia – 01/08/2024

Hoje na Economia – 01/08/2024

Cenário Internacional

Nos EUA, o FOMC manteve a taxa básica de juros no intervalo entre 5,25% e 5,50%, conforme amplamente esperado pela SulAmérica Investimentos e pelo consenso de mercado. No comunicado, o comitê reconheceu que houve elevação da taxa de desemprego e moderação do mercado de trabalho, e que está atento aos riscos associados ao duplo mandato, tanto na inflação quanto no pleno emprego. Em termos de sinalização, Powell adotou tom lido como mais dovish na entrevista coletiva ao indicar que um corte de juros pode estar sobre a mesa na reunião de setembro caso a totalidade dos dados seja consistente com o ganho de confiança necessário na convergência da inflação para iniciar o ciclo de afrouxamento monetário. No todo, o discurso de Powell e o comunicado corroboram nosso cenário base de corte de juros na próxima reunião.

Nesta madrugada, foram divulgados os PMIs Industriais de julho em diversos países. Na China, o PMI Caixin de Manufatura caiu de 51,8 para 49,8, patamar inferior ao esperado pela mediana dos analistas (51,5). Na Zona do Euro, a leitura final de julho veio marginalmente acima da preliminar (45,8 vs. 45,6), assim como na Alemanha (43,2 vs. 42,6) e no Reino Unido (52,1 vs. 51,8).

Hoje a agenda internacional de dados conta com a divulgação de indicadores de atividade e emprego nos EUA. A leitura preliminar do Custo Unitário do Trabalho referente ao 2° trimestre mostrou variação de 0,9% T/T anualizado, inferior à esperada pelos analistas (1,7%) e à observada no trimestre anterior (4,0%). Os pedidos semanais de seguro-desemprego vieram mais altos do que o esperado (249 mil vs. 236 mil). Ainda sairão o PMI de Manufatura e o ISM Industrial de julho, para o qual se espera ligeira aceleração em relação ao dado anterior (48,8 vs. 48,5).

Cenário Brasil

No âmbito local, o COPOM manteve a meta para a taxa Selic em 10,50%, em linha com a expectativa da SulAmérica Investimentos e do consenso de mercado. No comunicado, o comitê manteve a avaliação do cenário externo como adverso e o reconhecimento da resiliência da atividade interna, enquanto os núcleos de inflação seguem acima da meta. Conforme esperado, houve revisão altista das projeções de inflação do comitê. A projeção para o IPCA de 2025 subiu de 3,4% para 3,6% no cenário de referência, e de 3,1% para 3,4% no cenário alternativo. Para o 1° trimestre de 2026, que já é contemplado no horizonte relevante da política monetária, as projeções se encontram em 3,4% e 3,2% nos cenários de referência e alternativo, respectivamente. Também houve ajuste no balanço de riscos do comitê, que prevê assimetria altista ao incorporar novo risco associado ao impacto de uma taxa de câmbio persistentemente mais depreciada. Em termos de sinalização, o comitê reafirmou que se manterá vigilante à evolução do cenário, que demanda ainda maior cautela

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