Hoje na Economia – 01/11/2019
Edição 2374
01/11/2019
Dados positivos sobre a atividade industrial chinesa dão o tom mais otimista para os mercados, nesta sexta-feira, em meio as incertezas que cercam as negociações comerciais entre EUA e China. O PMI-manufatura subiu de 51,4 em setembro para 51,7 em outubro, maior leitura registrada desde fevereiro de 2017, segundo a IHS Markit. O avanço do índice foi devido a novas encomendas que atingiu o maior nível desde janeiro de 2013, atenuando temores de uma desaceleração adicional da economia chinesa.
Em função desse dado positivo da China, as bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em alta. O índice regional de ações MSCI Asia Pacific fechou o dia com ganho de 0,30%. Na China, o índice Xangai Composto subiu 0,99%, enquanto o Hang Seng teve valorização de 0,72%. O sul-coreano Kospi avançou 0,80% em Seul; o Taiex valorizou 0,36% em Taiwan. No Japão, a bolsa japonesa foi exceção, prejudicada pela valorização do iene ante o dólar na esteira da notícia sobre o impasse comercial sino-americano. O Nikkei caiu 0,33%, com destaque para queda de ações do setor financeiro e de eletroeletrônicos. O dólar é negociado a 108,04 ienes, contra 108,35 ienes, observado no dia de ontem.
Nos Estados Unidos, os índices futuros das bolsas de Nova York operam em alta modesta, nesta manhã, à espera do relatório de emprego dos EUA (payroll), que será divulgado as 9h30, que tem forte influência no rumo da política monetária americana. Segundo as projeções dos analistas do mercado, em outubro foram criadas, liquidamente, 85 mil vagas (136 mil em setembro), enquanto a taxa de desemprego deve subir de 3,5% para 3,6%, com o dado de outubro. O juro pago pela Treasury de 10 anos sobe 0,21%, no momento, situando-se em 1,6945% ao ano. O dólar se mantém oscilando entre margens estreitas, sem tendência clara. No mercado futuro de ações, o índice Dow Jones sobe moderados 0,19%; S&P 500 avança também 0,19%; Nasdaq tem alta de 0,24%. Será divulgado, também, o ISM-industrial de outubro, que deve ficar em 48,9 segundo o consenso, contra 47,8 de setembro, mantendo a atividade manufatureira americana na região de contração.
As bolsas europeias operam em alta, estimuladas pela notícia de que em outubro, o setor industrial da China apresentou o maior ritmo de expansão em 32 meses, atenuando os temores com a desaceleração global. Na Inglaterra, a IHS Markit divulgou o PMI-manufatura, que subiu de 48,3 em setembro para 49,6 em outubro, atingindo o maior nível em seis meses. O índice FTSE100 da bolsa de Londres sobe 0,38% no momento, enquanto a libra se valorizou ante ao dólar: subiu para US$ 1,2953 de US$ 1,2949 de ontem à tarde. Em Paris, o CAC40 tem valorização de 0,35%, enquanto o DAX avança 0,30% em Frankfurt. O índice pan-europeu de ações, STOXX600, tem ganho de 0,36%. O euro é negociado a US$ 1,1144 de US$ 1,1152 de ontem à tarde.
Os contratos futuros de petróleo operam em alta, mas sem muita convicção, pressionados por dúvidas sobre o entendimento comercial entre EUA e Chia e à espera da “payroll”, que será divulgada nesta manhã. No momento, o contrato futuro do petróleo tipo WTI é negociado a US$ 54,50/barril, com alta de 0,59%.
O mercado doméstico de juros futuros e o mercado de câmbio acompanharão a divulgação do relatório de emprego dos EUA e o ISM-industrial para definir uma tendência para hoje. Dados mais fracos do que o esperado devem colocar em xeque a sinalização de pausa no afrouxamento monetário americano, dado pelo Fed no encontro desta semana. Na agenda doméstica, o IBGE divulga o índice da produção industrial de setembro, que deve mostrar aumento em 0,9% na comparação mensal e em 1,5% em relação a igual mês de 2018, segundo as projeções do mercado.