Hoje na Economia – 04/11/2024
Cenário Internacional
Na Zona do Euro, o Índice de Gerentes de Compras (PMI) foi revisado ligeiramente para cima, sugerindo uma modesta melhora na atividade econômica da região. Nos Estados Unidos, o relatório de emprego (payroll) divulgado na última sexta-feira apresentou números abaixo do esperado, embora fatores como furacões e greves possam ter contribuído para essa queda. No contexto político, a eleição americana permanece aberta, com a vice-presidente Kamala Harris mostrando uma leve melhora nas pesquisas eleitorais, o que reforça a disputa acirrada.
Esta semana, a agenda internacional inclui as encomendas à indústria nos EUA, a eleição presidencial americana na terça-feira, 5 de novembro, e a reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) do Federal Reserve, que definirá a política monetária dos EUA. Também está programado o Congresso Nacional do Povo (NPC) na China, onde serão discutidas políticas econômicas e sociais do país.
Cenário Brasil
No Brasil, as novas projeções econômicas reforçam a complexidade do cenário para o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que se reúne nesta semana. A previsão para a inflação de 2024 (IPCA) foi ajustada para 4,59%, em comparação com a previsão anterior de 4,55%, e para 4,03% em 2025, acima dos 4% projetados anteriormente. A Selic, taxa básica de juros, é projetada em 11,75% ao final de 2024 e teve a expectativa para 2025 elevada para 11,50%, indicando o desafio de estabilizar a inflação dentro das metas estabelecidas. Além das revisões para o IPCA e a Selic, as expectativas para o câmbio também foram ajustadas, com a previsão de que o real termine 2024 a R$5,50 por dólar, acima dos R$5,45 projetados anteriormente. Esse conjunto de indicadores aponta para uma continuidade de cenário desafiador para o Banco Central, que deverá avaliar com cautela as condições para o próximo ciclo de política monetária.
Paralelamente, o mercado mantém expectativas em relação ao pacote fiscal que o governo pretende apresentar. A definição e implementação de medidas fiscais são aguardadas com atenção, pois terão impacto significativo nas projeções econômicas e nas decisões de política monetária futuras.