Hoje na Economia – 01/12/2023

 Cenário Internacional

Mercados internacionais abrem mistos, perdendo fôlego após fortíssimo movimento do mês de novembro, mesmo com confirmação de dados positivos ontem, com desaceleração da inflação e da atividade no PCE.

Índices de gerentes de compras (PMIs) foram divulgados ao redor do mundo, vindo, de forma geral, acima das expectativas. Os destaques foram China e Zona do Euro. Na China, o PMI Caixin ficou em 50,7 contra expectativa de 49,6, voltando a mostrar expansão na margem e diferindo do que foi visto no dado do PMI oficial do governo, divulgado ontem. Na Zona do Euro, o PMI manufatura foi revisto para cima, de 3,8 pra 44,2, ficando no maior nível desde maio, mesmo que ainda em patamar condizente com contração.

Hoje nos EUA o dado mais importante a ser divulgado é o índice de gerente de compras (ISM). A expectativa é de alta modesta na margem, de 49,4 para 49,5, ainda em patamar contracionista. Muita atenção também deve ficar com o discurso do presidente do Fed, Jerome Powell, que ocorre à tarde. Sua fala pode ajudar os mercados a entenderem se o FOMC está mais dovish após os dados mais fracos de inflação e atividade que foram divulgados nas últimas semanas.

 Cenário Brasil

Hoje saiu o dado de produção industrial, referente a outubro. Ela ficou abaixo do esperado, basicamente estagnada (+0,1% M/M, contra expectativa de +0,4% M/M, e com o dado anterior sendo revisto de +0,1% M/M para 0,0% M/M). Mais cedo também saiu o IPC-S referente à 4ª semana de novembro, que mostrou desaceleração (0,27% contra 0,43% na semana anterior).

No campo político, o noticiário foi negativo, com aprovação do STF de pagamento dos precatórios ainda nesse ano. Também houve mais desentendimentos entre o Legislativo e Executivo, com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, orientando a não inclusão do projeto de mudança de JCP no parecer na MP da subvenção. Há rumores de que o Centrão começa a cobrar cumprimento de acordos e liberação de emendas e cargos.

Durante o dia, o evento mais importante na agenda doméstica deve ser o discurso do presidente do BC, Roberto Campos Neto, durante o almoço.