Hoje na Economia – 02/06/2023

Economia Internacional

Nos EUA, o ISM de Manufatura referente a maio, que foi divulgado ontem, veio em linha com o esperado pelo mercado (46,9 vs. 47) e mostrou estabilidade em campo contracionista. A abertura do dado de maio mostrou contração do componente de preços pagos (de 53,2 para 44,2, ante 52,3 esperado) e de novas encomendas (de 45,7 para 42,6), indicando desaceleração e desinflação no setor industrial. Em discurso ontem, Harker, do Fed, sinalizou preferência pela manutenção da taxa básica de juros na próxima reunião do FOMC, adiando uma eventual alta de juros para a reunião seguinte.

Hoje a agenda global teve como destaque a divulgação do payroll de maio, nos EUA, que excedeu as expectativas de mercado tanto na esfera de criação de vagas quanto da taxa de desemprego. Foram criadas 339 mil vagas de emprego no mês, acima da mediana de mercado (195 mil) e do dado anterior, revisado de 253 mil para 294 mil. A taxa de desemprego avançou de 3,4% para 3,7%, acima do esperado pelos analistas (3,5%), mesmo com estabilidade da taxa de participação. Os ganhos salariais avançaram 0,3% M/M na margem, alinhados com o consenso de mercado, levando a uma desaceleração marginal na alta interanual, de 4,4% para 4,3%. No todo, os dados do payroll de maio seguem corroborando a visão de resiliência do mercado de trabalho norte americano neste ano, afastando o receio com uma recessão.

Economia Nacional

No âmbito local, a produção industrial recuou 0,6% M/M em abril, queda superior à esperada pela expectativa mediana do mercado (-0,2% M/M). Na comparação interanual, a produção industrial acumula contração de 2,7%. O dado de abril mostrou queda mais acentuada da indústria extrativa (-1,1% M/M), ao passo que a indústria de transformação caiu 0,6% M/M após a alta de 1,4% M/M do mês anterior. Em relação às categorias de uso, destacaram-se negativamente os bens de capital, que caíram 11,5% na margem, e os bens de consumo duráveis, que retraíram 6,9%.