Hoje na Economia – 02/07/2019
Edição 2287
02/07/2019
Após uma sessão asiática difusa, bolsas europeias operam entre altas e baixas, enquanto os futuros de ações americanos registram quedas marginais, nesta manhã. Juros das treasuries e dos bônus alemães acusam quedas e o dólar se enfraquece. A trégua comercial entre EUA e China perdeu parte de seu encanto, enquanto Trump aperta o protecionismo em cima da União Europeia.
Na Ásia, mercados de ações fecharam sem direção única, em meio às dúvidas sobre a capacidade de os EUA e China fecharem um acordo comercial. Na China, o índice Xangai Composto fechou com ligeira baixa de 0,03%. Em Hong Kong, na volta do feriado, o índice Hang Seng subiu 1,17%, buscando se atualizar em relação às altas das bolsas internacionais ocorridas no dia de ontem. No Japão, o Nikkei mostrou avanço discreto de 0,11%, graças ao bom desempenho de ações do setor de eletrônicos. O sul-coreano Kospi caiu 0,36% em Seul, enquanto o Taiex recuou 0,28% em Taiwan. Na Austrália, o banco central local decidiu, nesta terça-feira, reduzir seu juro básico em 0,25 ponto percentual, para nova mínima histórica de 1,0%. Objetivo é estimular a atividade econômica, afetada negativamente pelas disputas comerciais entre americanos e chineses.
Na Europa, as bolsas não mostram tendência consistente. O índice pan-europeu de ações, STOXX600, registra alta de 0,12%, no momento, numa reação positiva à declaração de Donald Trump de que as negociações comerciais com a China, que estavam paralisadas desde maio, “já recomeçaram”. No entanto, a notícia foi ofuscada pelo anúncio de novas tarifas à União Europeia, sobre mais US$ 4 bilhões em produtos importados do bloco. Em Londres, o FTSE 100 sobe 0,49% nesta manhã, ignorando o fraco resultado apresentado pelo PMI do setor de construção que recuou em junho para o menor nível desde 2009. Na França, o CAC40 tem queda moderada de 0,09%, enquanto o DAX tem perda de 0,17%. O juro do bônus alemão (Bund) de 10 anos renovou mínima histórica nesta terça-feira, a -0,362% ao ano, diante das expectativas de que o Banco Central Europeu deverá retomar as operações de QE para estimular a economia da zona do euro. A moeda comum é cotada a US$ 1,1306, ligeiramente acima do valor de US$ 1,1289 de ontem à tarde.
No mercado americano, o juro pago pelo T-Bond de 10 anos encontra-se em 2,0066% ao ano, com recuo de 0,86%, nesta manhã. O dólar tem ligeira perda diante das principais moedas, conforme o índice DXY que cai discreto 0,07%, no momento. Os futuros dos principais índices de ações da bolsa de Nova York apontam para uma abertura pálida: o futuro do Dow Jones recua 0,16%; do S&P 500 perde 0,15%; Nasdaq tem queda de 0,29%.
No mercado de petróleo, o contrato futuro do produto tipo WTI para agosto recua 0,37%, sendo negociado a US$ 58,87/barril. Acusa movimentos de realização de lucros, enquanto os investidores esperam que Opep e produtores independentes confirmem a manutenção dos atuais cortes em sua produção por mais nove meses.
Na agenda doméstica, o destaque é para a expectativa em torno da leitura do relatório final da reforma da Previdência previsto para hoje na comissão especial da Câmara. Na esfera econômica, o IBGE divulga a produção industrial de maio, que deve ter recuado 0,3% na comparação mensal dessazonalizada, reforçando os temores de uma recessão.