Hoje na Economia – 03/01/2022
Mercados financeiros globais iniciam ano em alta, mas com volumes reduzidos. A onda de infecções de Covid-19 causada pela variante Omicron é bastante elevada, com efeito nas hospitalizações e cancelamentos de vôos, mas dado o efeito reduzido em mortes, os investidores seguem otimistas.
Na Ásia, as bolsas fecharam sem direção única, com avanço de +0,57% na bolsa de Xangai e 0,37% no KOSPI de Seul. O Hang Seng de Hong Kong, por sua vez, teve queda de -0,53%, afetado negativamente por notícias da construtora Evergrande, que foi ordenada a destruir apartamentos na província da Hainan, o que torna sua situação financeira ainda mais difícil. A bolsa do Japão não abriu devido a feriado. O iene se deprecia -0,05% diante do dólar, cotado a ¥/US$ 115,14.
Na Europa as bolsas operam em alta. O índice pan-europeu STOXX600 avança 0,59%, com alta de 1,08% no CAC40 de Paris e 0,90% no DAX de Frankfurt. A bolsa de Londres não abriu devido a feriado. O euro está se depreciando diante do dólar, -0,05%, cotado a US$/€ 1,1355. O PMI manufatura da Zona do Euro não trouxe surpresas, ficando em 58,0, assim como na prévia.
Nos EUA, os índices futuros de ações estão subindo, ajudados por resultados de empresas. Há alta de 0,49% no Dow Jones, 0,59% no S&P500 e 0,64% no NASDAQ. O dólar está se valorizando diante de outras moedas, com o índice DXY subindo 0,13%. Os juros americanos estão estáveis, com a Treasury de 10 anos a 1,51% a.a.. Hoje sairá o dado de PMI manufatura dos EUA (expectativa que permaneça próximo da prévia, em 57,7), e os gastos com construção, que devem ter subido 0,7%, acelerando contra o mês anterior (0,2%). Na semana os dados mais importantes serão o payroll na sexta-feira e a ata da reunião do FOMC na quarta-feira.
Os preços de commodities estão operando sem direção única, mas com o índice geral da Bloomberg subindo 0,83%. O avanço ocorre em especial por causa do petróleo, que sobe 1,44% no caso do barril tipo WTI, cotado a US$ 76,29. Há avanços também no níquel (0,87%), cobre (0,30%) e soja (1,67%). Por outro lado, há queda no ouro (-0,10%).
No Brasil, o IPC-S da 4ª semana veio em linha com expectativas, em 0,57% contra 0,58% esperado. Hoje sairá o relatório Focus do Banco Central, que pode mostrar nova queda nas expectativas de inflação. A balança comercial de dezembro também será divulgada, devendo mostrar superávit de novo, de US$ 4,0 bi, com a volta das exportações de carnes para o exterior. Na semana o dado mais importante é a produção industrial na quinta-feira, que deve ter voltado a mostrar crescimento, mas moderado, de 0,1% M/M. Notícias de reajustes de funcionários públicos estaduais (entre 3% a 10%) devem reforçar o pleito dos funcionários federais nas suas greves contra o governo Bolsonaro. Hoje o real deve se depreciar diante do dólar. A bolsa, por outro lado, pode subir, acompanhando movimento de otimismo global. Os juros futuros devem responder ao que ocorre no relatório Focus, devendo recuar.