Hoje na Economia – 03/03/2020

Expectativas de que os países do G7 adotem medidas, fiscais e monetárias, para minimizar o impacto econômico da epidemia de coronavírus alimentam o apetite ao risco, dando sustentação a alta dos mercados acionários ocorrida nos pregões de ontem. Na manhã de hoje, ministros de Finanças e presidentes de bancos centrais do G7, liderados pelo Secretário do Tesouro dos EUA, Steven Mnuchin, e pelo presidente do Fed, Jerome Powell, farão uma teleconferência para discutir os riscos do coronavírus e a tomada de possíveis medidas. Há muita expectativa a cerca de quão longe o G7 estaria disposto a ir para combater a ameaça econômica do coronavírus.

Na Ásia, as bolsas locais fecharam majoritariamente em alta. O índice regional de ações MSCI Asia Pacific encerrou o dia com alta de 0,60%. Na China, o índice Xangai Composto subiu 0,74% na sessão de hoje, beneficiado, também, por especulações de que o banco central chinês (PBoC) poderá intensificar esforços de estimular a economia, após pesquisas mostrarem que o setor manufatureiro chinês se contraiu em ritmo recorde devido a epidemia. Em outras partes da Ásia, o sul-coreano Kospi subiu 0,58% em Seul; o Taiex avançou 1,41% em Taiwan; enquanto o Hang Seng ficou praticamente estável em Hong Kong, com baixa marginal de 0,03%. No Japão, o índice Nikkei registrou queda de 1,22% em Tóquio. No mercado de câmbio, o dólar é negociado a 108,03 ienes, contra 108,35 ienes de ontem à tarde.

Bolsas europeias iniciaram a sessão de hoje também em alta. O índice pan-europeu de ações, STOXX600, mostra valorização de 2,77%, no momento. Em Londres, o FTSE100 sobe 2,42%; o CAC40 avança 2,29% em Paris; em Frankfurt, o DAX tem alta de 2,66%. O euro é negociado a US$ 1,1127, contra US$ 1,1139 de ontem à tarde.

No mercado americano, o juro do T-Note de 10 anos encontra-se em 1,1533% ao ano, recuando 0,85%. O índice DXY sobe 0,28%, situando-se em 97,63 pontos, apontando para mais um dia de valorização global da moeda americana. Os índices futuros das bolsas de Nova York operam em alta, nesta manhã, sugerindo que os mercados à vista deverão sustentar a tendência de alta observada no pregão de ontem. No momento, no mercado futuro, o Dow Jones sobe 1,16%; S&P 500 avança 1,08%; Nasdaq se valoriza 1,18%.

A possibilidade de que os países do G7 atuarão, em conjunto, para atenuar os impactos da epidemia de coronavírus sobre a economia global mantém os contratos futuros de petróleo em alta, nesta manhã. O contrato futuro do produto tipo WTI, para abril, é negociado a US$ 48,02/barril, com valorização de 2,72%.

O otimismo que cerca a ação coordenada dos principais bancos centrais contra os efeitos do coronavírus deve contagiar o investidor brasileiro, levando a Bovespa a voltar a superar os 107 mil pontos, no pregão de hoje. A queda dos juros básicos, observada em vários países nestes últimos dias, deve fortalecer as apostas em corte da Selic no Copom deste mês, favorecendo o fechamento dos juros futuros. Em contrapartida o real deverá se manter pressionado ante o dólar.