Hoje na Economia – 03/03/2021
Principais bolsas internacionais operam em alta expressiva nesta manhã, recuperando-se das perdas de ontem. Investidores atentos aos indicadores de atividade que serão divulgados hoje, que podem reforçar o cenário de reflação global, o que favorece a lucratividade das empresas e sustenta a valorização das ações. Ao mesmo tempo, aumenta a desconfiança em um avanço muito rápido da inflação, abalando a promessa dos bancos centrais de manter políticas monetárias frouxas por longo tempo.
O movimento de alta predominou nas bolsas asiáticas. Contribuiu para o otimismo a queda do rendimento das Treasuries, após atingirem os maiores níveis em um ano nos últimos dias, alimentando temores quanto à aceleração da inflação e riscos de aumento nos juros. O índice regional de ações, MSCI Asia Pacific, encerrou a sessão de hoje com valorização de 1.3%. No Japão, o índice Nikkei subiu 0,51% em Tóquio, enquanto o Hang Seng avançou 2,7% em Hong Kong. O sul-coreano Kospi se valorizou 1,28% em Seul, enquanto em Taiwan, o Taiex registrou ganho de 1,66%. Na China, o Xangai Composto teve alta de 1,95%, com destaque para as ações dos setores siderúrgico e bancário. Na China, foi divulgado o índice dos gerentes de compras (PMI) composto, que recuou de 52,2 em janeiro para 51,7 em fevereiro, sustentando ainda um bom ritmo de expansão. O dólar é cotado a 106,90 ienes, de 106,73 ienes de ontem à tarde.
No mercado americano, os futuros de ações das bolsas de Nova York operam em alta, nesta manhã, sugerindo uma abertura positiva para os mercados à vista, que se recuperariam das perdas de ontem. Treasuries e dólar operam sem direcional claro, à espera dos dados de emprego e de atividade econômica, além do Livro Bege do Fed, que serão conhecidos ao longo do dia. Destaque para a divulgação da folha de pagamento do setor privado, apurado pela ADP, que deve mostrar criação de 200 mil vagas em fevereiro (174 mil em janeiro), num sinal de fortalecimento do mercado de trabalho americano. No momento, o juro pago pela Treasury de 10 anos encontra-se em 1,43% ao ano, enquanto o dólar opera estável diante das principais moedas. No mercado futuro de ações, o Dow Jones sobe 0,76%; S&P tem alta de 0,69%; Nasdaq valoriza 0,89%.
Na Europa, as bolsas locais operam com altas significativas, acompanhando o tom positivo dos índices futuros de Wall Street, bem como dos indicadores de atividade divulgados nesta manhã, que superaram as leituras prévias e a previsão dos analistas. O PMI composto da zona do euro subiu de 47,8 em janeiro para 48,8 em fevereiro. Ainda que a atividade do bloco continue em contração, melhoram as expectativas dos agentes diante do avanço dos programas de vacinação. No momento, o índice STOXX600 opera com alta de 0,78%. Em Londres, o FTSE100 sobe 1,25%; o CAC40 avança 0,91% em Paris; em Frankfurt o DAX valoriza 0,97%. O euro é cotado a US$ 1,2096, subindo 0,04% no momento.
No mercado de petróleo, o contrato futuro do petróleo tipo WTI para abril é negociado a US$ 60,12/barril, com alta de 0,61%, nesta manhã. O mercado se mostra volátil, enquanto os investidores aguardam pela reunião da Opep+, marcada para amanhã, onde o grupo pode decidir pelo aumento da oferta da commodity.
No Brasil, o IBGE divulga o PIB do 4º trimestre, fechando o ano de 2020. Pelas projeções do mercado, a economia cresceu 2,8% T/T e recuou 1,6% ante o 4T19, fechando 2020 com queda de 4,2%. No âmbito político, a PEC Emergencial, que vai liberar a nova rodada de auxílio emergencial, será votada hoje à tarde no Senado. O acordo, que pode viabilizar a votação da matéria hoje, preservando as garantias fiscais, deve animar os investidores, podendo garantir uma abertura em alta para a Bovespa, em linha com os futuros americanos. O real pode se apreciar, enquanto os juros futuros devem recuar.