Hoje na Economia – 03/04/2023
Economia Internacional
Nos EUA, os dados de renda e consumo pessoal divulgados na última sexta-feira mostraram alta de 0,3% M/M da renda em fevereiro, acima do esperado pelo mercado (0,2% M/M), enquanto o consumo avançou abaixo da expectativa mediana (0,2% M/M vs. 0,3% M/M). A inflação medida pelo deflator do PCE veio em linha com o consenso de mercado (0,3% M/M), desacelerando em relação ao mês anterior. O núcleo veio suavemente mais baixo do que as projeções de mercado (0,3% M/M ante 0,4% M/M), de modo que a inflação acumulada em 12 meses ficou em 4,6%. A leitura final da pesquisa de confiança do consumidor da Universidade de Michigan referente a março trouxe revisões nas expectativas de inflação. A inflação esperada no prazo de 1 ano à frente foi revisada de 3,8% para 3,6%, ao passo que a expectativa de inflação para 5 a 10 anos subiu de 2,8% para 2,9%.
No overnight, foram divulgados os Índices de Gerentes de Compras (PMIs) de Manufatura em diversos países. Na China, o PMI Caixin de Manufatura de março ficou abaixo do esperado, mas manteve-se em terreno de expansão (50 contra 51,4 esperado). Na Zona do Euro, o PMI permaneceu em campo contracionista, mas teve ligeira surpresa positiva vis-à-vis o esperado (47,3 vs. 47,1).
Destaque do noticiário no final de semana foi o anúncio da decisão da OPEP+ de reduzir a produção de petróleo em pelo menos 1 milhão de barris por dia a partir de maio, estendendo-se até o final do ano. A decisão de uma redução adicional na oferta de petróleo no mercado global levou a aumentos expressivos das cotações da commodity, o que voltou a preocupar os mercados quanto a novas pressões inflacionárias.
Economia Nacional
No âmbito local, o Relatório Focus desta segunda-feira não trouxe maiores destaques. O consenso para o IPCA de 2023 subiu 3 pb, de 5,93% para 5,96%, refletindo o início da incorporação do novo valor de ICMS cobrado sobre combustíveis que foi anunciado na semana passada. Em termos de juros, houve revisão baixista da Selic esperada de 2026, que caiu de 9,0% para 8,75%.
Para hoje a agenda será pouco movimentada, contando apenas com os dados da balança comercial de março. No front político, os mercados monitoram o anúncio de medidas que visem o aumento da arrecadação e viabilizem a execução do novo arcabouço fiscal.